Eu gosto de assistir séries fora do cenário americano. É interessante acompanhar a paisagem, idioma e narrativa de produções não comuns no nosso dia a dia. Por isso, dei uma chance para The Valhalla Murders.
A produção é islandesa e já provoca um choque cultural. The Valhalla Murders mostra, em oito episódios, a caçada por um serial killer que assombra o país tão pacífico e com índices de criminalidade baixíssimos. A série está no catálogo da Netflix.
O primeiro episódio é lento e até um pouco atípico. O sotaque e modo de agir causam estranheza. Mas, em seguida o espectador já está inteirado da trama. Uma atenção deve ser dada ao nome dos personagens, bem incomuns, para não correr o risco de ”se perder”.
Tudo começa com um assassinato aparentemente aleatório. As peças se encaixam a partir de uma foto e os policiais fazem importantes conexões até chegarem a um internato infantil que funcionou na década de 80: Valhalla.
A paisagem gelada e quase sempre noturna da um tom diferente na produção. A fotografia é bela, embora as cores sejam sempre cinzas e as ruas permeadas por vulcões e montanhas.
A polícia da Islândia é diferente da que estamos habituados a acompanhar. Os agentes não usam armas, o que se mostra incômodo ao espectador acostumado a outra realidade. Uma cena que me chamou atenção foi quando a protagonista, policial Kata, preciso usar a arma. Ela ligou para delegacia para saber a senha de um cofre no porta malas do carro. Só assim conseguiu acesso ao equipamento.
A série é linear e parece fácil de descobrir quem é o assassino quando as cartas são postas na mesa. Mas, uma reviravolta muda o rumo da história nos últimos episódios. A descoberta do verdadeiro assassino é surpreendente e arrisco dizer que ninguém adivinharia.