Após 7 anos e três meses do início das obras, a Trincheira da avenida Ceará, localizada na zona Norte de Porto Alegre, foi inaugurada nesta quarta-feira. A passagem de veículos foi liberada pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), por volta das 9h30min, após rápida cerimônia realizada pela prefeitura. A liberação do trecho foi marcada por buzinaços dos primeiros veículos que passaram pelo local.
Com direito a buzinaço, EPTC liberou o fluxo de veículos na trincheira da avenida Ceará. Obra era prevista para a Copa do Mundo no Brasil @RdGuaibaOficial @correio_dopovo pic.twitter.com/NBECWY7Nkf
— Guilherme Kepler (@GuilhermeKepler) March 4, 2020
Os motoristas devem ficar atentos para o radar eletrônico instalado na avenida Zaida Jarros, no acesso da trincheira. A velocidade máxima permitida é de 40 km/h. A colocação do controlador de velocidade foi necessária, segundo a prefeitura, pelo fato da trincheira possuir pontos em curva. A partir de hoje, quem ingressa na Capital terá duas pistas para seguir na avenida Farrapos e três pistas para entrar na trincheira que dá acesso à Terceira Perimetral permitindo ligação direta com as zonas Leste e Sul.
Atenção motoristas: Com a liberação da trincheira da Ceará já está em funcionamento o radar eletrônico instalado no acesso da trincheira. Velocidade máxima é de 40 km/h. Instalação foi necessária, segundo a prefeitura, pelo fato da trincheira possuir uma curva @RdGuaibaOficial pic.twitter.com/U6QHf8MhXg
— Guilherme Kepler (@GuilhermeKepler) March 4, 2020
Iniciada em dezembro de 2012, a trincheira da Ceará era uma das obras da Copa do Mundo de 2014. Após não ficar pronta para o Mundial, a expectativa é de que a obra fosse concluída até 2016. Em 2017, elas foram paralisadas. Posteriormente retomadas, a prefeitura chegou a projetar a entrega no ano passado, o que também não ocorreu.
Em entrevista à Rádio Guaíba, o prefeito Nelson Marchezan Jr relatou uma certa frustração por não ter entregue a obra no tempo que havia sido determinado, ainda em 2017. “Ao retirar o último cone da obra, tirei um peso também. Foi a minha primeira frustração na administração por não ter conseguido entregar a obra no tempo determinado. Foi um trabalho que custou R$ 9 milhões mais caro por erros de projeto”, explicou.
A demora na entrega foi em razão do atraso de pagamentos, da necessidade de alteração estrutural no projeto original, já que a trincheira está localizada dentro de um lençol freático, e a alteração do projeto original da Casa de Bombas, que era em formato de operação manual e passou a ser totalmente automatizado.
A obra, por onde devem circular cerca de 75 mil veículos por dia, tinha custo projetado de R$ 29,5 milhões. Com os ajustes de projeto, o orçamento subiu para R$ 39,37 milhões.