Coronavírus: ministro cita laboratório no RS e faz alerta sobre chimarrão

Transmissão salivar do coronavírus faz com que compartilhamento de chimarrão seja arriscado, apontou o ministro da Saúde.

Ministro da Saúde citou Rio Grande do Sul em coletiva sobre o coronavírus | Foto: Divulgação/Ministério da Saúde
Foto: Divulgação/Ministério da Saúde

Na coletiva em que foi confirmado o primeiro caso do novo coronavírus no Brasil, nesta quarta-feira, o Ministério da Saúde apontou quais políticas vão ser adotadas no Sul do país. De acordo com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o Rio Grande do Sul terá seus laboratórios estruturados para diagnóstico e realização de exames. O inverno rigoroso e o histórico de doenças respiratórias, como o surto de H1N1 em 2009, foram os motivos apontados pelo chefe da pasta ao dedicar maior cuidado ao Estado.

Mandetta ainda citou a existência de um plano de contingência contra o coronavírus em território gaúcho. “A gente deve já estruturar o laboratório do Rio Grande do Sul para que ele possa processar esses exames lá na região Sul”, observou. “A gente vai ter a inauguração do novo Hospital de Clínicas, que tem um número muito grande de leitos de CTI. Parte está toda construída”, apontou o ministro. “Se tiver necessidade, os ativaremos; se não tiver, inauguraremos progressivamente”, completou.

Chimarrão

O hábito de compartilhar o chimarrão foi apontado pelo ministro da Saúde como fator de risco na difusão de doenças respiratórias, como o coronavírus. “Num momento de transmissão de vírus salivar, não é vírus aerossol, [o chimarrão] é um instrumento de compartilhamento e passagem de substâncias orais entre si”, alertou.

Ainda sobre as medidas a serem adotadas para barrar o avanço do coronavírus, o ministro da Saúde ressaltou que o fechamento de fronteiras não é eficaz para evitar o contágio. O melhor controle, segundo Luiz Henrique Mandetta, é a agilidade no diagnóstico e nos cuidados aos possíveis pacientes.