Petroleiros realizam novo “dia do preço justo” com botijões de gás de cozinha por R$ 40

Ação dos grevistas acontece 10h até as 12h, na rua Rio Grande, em Esteio

botijões de gás
Foto: Elias Eberhardt / CP Memória

Os petroleiros vão realizar, nesta quinta-feira, uma nova edição do “dia do preço justo”. Na cidade de Esteio, na Região Metropolitana, botijões de gás de cozinha de 13kg serão vendidos por R$ 40. Ação dos grevistas acontece  das 10h até as 12h, na rua Rio Grande.

Segundo o sindicato da categoria, os trabalhadores vão subsidiar a venda de 100 botijões de gás para os primeiros que comparecerem ao local. Conforme o presidente do Sindipetro, Fernando Maia, a iniciativa é uma forma de alertar a população sobre os prejuízos causados pela política de privatização da Petrobras.

“Queremos mostrar que é possível vender o gás de cozinha com o valor acessível e justo, levando-se em consideração o custo de produção nacional, mantendo o lucro das distribuidoras, revendedoras, da Petrobras e a arrecadação dos impostos dos estados e municípios”, pontuou.

Greve

A greve dos petroleiros começou na madrugada do dia 1º de fevereiro. A paralisação acontece em todo país e foi convocada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP). O movimento contesta as demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen) e o descumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Mais de mil pessoas foram desligadas na unidade.

O Sindipetro teme que as próximas demissões ocorram no Rio Grande do Sul, com a privatização da Refap.  Segundo o sindicato, a população não será afetada pela greve e há trabalhadores suficientes atuando para suprir a demanda.

Nessa quarta-feira, o sindicato denunciou que há funcionários da Refap trabalhando há mais de dez dias seguidos e sob ameaças de desligamento por parte da Petrobras. Além dos trabalhadores não grevistas, outros que estavam no local quando a paralisação começou não puderam sair.

O Sindipetro destaca que essa situação é prática recorrente da Petrobrás. Há relatos de que os funcionários dormem em locais improvisados e são orientados a não abandonar o posto enquanto não houver outra pessoa para substituí-los.