Sindicato dos petroleiros contesta decisão do TST e garante que Refap segue operando mesmo com a greve

Decisão bloqueou as contas dos sindicatos por descumprimento de decisão judicial durante paralisação

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Refap, atingida pela greve, em Canoas. Foto: Ricardo Giusti/CP

O Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Sul (Sindipetro) contestou a decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) de bloquear as contas dos sindicatos por descumprimento de decisão judicial durante a paralisação. O ministro Ives Gandra Martins Filho atendeu pedido da Petrobras e determinou a manutenção de 90% dos funcionários da estatal no desempenho normal das atribuições.

Na ocasião, o ministro estabeleceu multa de diária de R$ 500 mil, para sindicatos de base territorial com mais de 2.000 empregados, em caso de descumprimento da decisão. Outras entidades sindicais podem ser multadas em R$ 250 mil.

Conforme Miriam Cabreira, dirigente sindical, “nós recebemos a decisão com surpresa. Nós estamos cumprindo a liminar, não tem bloqueio na Refap, quem não está entrando é por livre e espontânea vontade de ter aderido ao movimento. A refinaria segue operando com condições de suprimento de combustível para a população. Essa decisão do ministro vem por parte de informações que não são verídicas da Petrobras”.

Segundo o ministro, informações da Petrobras indicaram que, na terça-feira, os trabalhadores em atividade, na refinaria Alberto Pasqualini, em Canoas, era de 0%. Miriam contesta a informação salientando que “não tem 0%, é impossível manter uma refinaria sem trabalhadores. Então, tem gente trabalhando, sim”. No entanto, a dirigente sindical não destacou quantos funcionários estão atuando. Ela apenas salientou que o número é suficiente para manter as operações.