Atualizado em novembro de 2019, o novo guia orientativo do Plano de Qualificação de Fornecedores de Leite (PQFL) foi tema de discussão na manhã desta quinta-feira (19/12), no auditório da Faculdade de Veterinária da Universidade de Passo Fundo (UPF). O encontro, que reuniu 120 técnicos de indústrias de laticínios do Rio Grande do Sul, contou com palestras dos fiscais federais do Mapa Roberto Lucena e Milene Cé, a fim de esclarecer dúvidas, inclusive, sobre a consulta pública de normas do leite cru e derivados, que está aberta para manifestação até 27 de janeiro de 2020.
O PQFL consiste em um plano de ação e gerenciamento que deve ser elaborado por todas as empresas e postos de resfriamento, é exigido quando o fiscal visita o estabelecimento. O plano contempla a verificação de mais de 150 pontos dentro da propriedade. O evento foi promovido pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Para o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, levar o evento para o interior do Estado é uma maneira de aproximar os técnicos das indústrias e os fiscais do Mapa para que possíveis dúvidas sejam respondidas, principalmente no que se refere ao novo guia orientativo do PQFL. “Quanto mais conhecemos e compreendermos à legislação, mais aptos estaremos para qualificar os produtores”. O PQFL é um passo a passo para as empresas conseguirem conceituar melhor seus fornecedores, se adequando as exigências e boas práticas da produção leiteira. O objetivo geral do plano é atender todas as propriedades, com metas plausíveis dentro da estrutura da empresa.
Na oportunidade, ocorreu a apresentação do aplicativo Milk Wiki, desenvolvido pela empresa de mesmo nome, para facilitar o gerenciamento do PQLF dentro das propriedades. “O app visa suprir as dificuldades das indústrias de gerenciar os indicadores de eficiência ou não de cada propriedade rural”, disse Roberta Züge, da Ceres Qualidade, destacando que o questionamento, por parte do público, ao Mapa sobre a viabilidade do projeto foi bastante positivo. “O próprio Lucena disse que a ferramenta será muito importante e que poderia tornar mais ágil o cumprimento das exigências previstas nas INs 76 e 77”.
Quanto à consulta pública que trata das normas de destinação do leite cru, Milene Cé destacou que as mesmas são um complemento das INs 76 e 77 e do novo RIISPOA. O evento também contou com o apoio da UPF, Emater, Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios (AGL), Associação de Pequenas Indústrias de Laticínios do RS (Apil) e Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAP).