Centrais sindicais propõem reajuste de 6,57% para o salário mínimo regional

Em 2019, Palácio Piratini protocolou em abril aumento e 3,4%, aprovado pelos deputados em maio

Foto: Ricardo Giusti/CP

Uma comitiva de sindicalistas gaúchos da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB/RS) entregou, hoje, à Secretaria Estadual do Trabalho e Assistência Social (STAS), a proposta de reajuste para o salário mínimo regional em 2020. A secretária-adjunta, Márcia De La Torre, recebeu o grupo no Centro Administrativo Fernando Ferrari. A titular da Pasta, Regina Becker, cumpria agenda fora do prédio.

O presidente da CTB/RS, Guiomar Vidor, defende que o reajuste seja de 6,57%. “O salário mínimo regional é a única forma de se conseguir um reajuste para pelo menos 1,3 milhão de trabalhadores do Rio Grande do Sul. Então estamos aqui para oficializar essa pauta”, pontuou o sindicalista.

Ao grupo, Márcia disse que o piso regional é assunto da Casa Civil e da Secretaria da Fazenda, mas disse que a secretária Regina pretende “iniciar uma conversa” com as entidades. Para que o reajuste se torne realidade, o Poder Executivo precisa enviar um projeto de lei à Assembleia Legislativa com o índice em acordo. Em 2019, o Palácio Piratini protocolou em abril um aumento e 3,4%, aprovado pelos deputados em maio.

Pela proposta encaminhada pelos trabalhadores, o salário mínimo regional, que é dividido em cinco níveis de remuneração, passa da faixa atual, de R$ 1.237,15 a R$ 1.567,81, para R$ 1.318,49 a R$ 1.670,89.

“Parte do reajuste é composto pelos 3,21% de aumento no salário mínimo, que é baseado no INPC (inflação) e o restante é para recuperar as perdas acumuladas durante os anos anteriores”, explica o técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no RS, Ricardo Franzoi, que presta consultoria à entidade.

Além do Rio Grande do Sul, o salário mínimo regional é adotado nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.