Bolsonaro repudia invasão da Embaixada da Venezuela

“Estamos tomando as medidas necessárias para resguardar a ordem pública e evitar atos de violência", escreveu o presidente. Mais cedo, Eduardo Bolsonaro defendeu movimento

Foto: Marcos Corrêa/PR / Palácio do Planalto / CP

O presidente Jair Bolsonaro se manifestou pelas redes sociais, no início da tarde desta quarta-feira, sobre a invasão da Embaixada da Venezuela, em Brasília, por um grupo de 20 venezuelanos partidários do autoproclamado presidente Juan Guaidó, opositor do presidente Nicolás Maduro.

Bolsonaro afirmou que repudia a interferência de atores externos no conflito do país vizinho. “Estamos tomando as medidas necessárias para resguardar a ordem pública e evitar atos de violência, em conformidade com a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas”, escreveu.

Pela manhã, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente, defendeu a invasão: “Embaixada da Venezuela mudou porque funcionários reconheceram Guaidó como presidente legítimo. Invasão é o que ocorre agora com os brasileiros esquerdistas querendo se intrometer na questão”, escreveu.

O grupo, que entrou na embaixada por volta das 5h, defende que a indicada por Guaidó para o cargo de embaixadora no Brasil, Maria Teresa Belandria, passe a chefiar a representação.

Diante da situação, centenas de apoiadores – tanto do presidente Nicolás Maduro como de seu opositor autoproclamado presidente – se dirigiram à embaixada para acompanhar de perto a situação.

Mais cedo, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) se manifestou sobre o caso e informou, por meio de nota, que “o presidente da República jamais tomou conhecimento e, muito menos, incentivou a invasão da Embaixada da Venezuela, por partidários do Sr. Juan Guaidó”.

Ainda segundo a nota do GSI, as acusações partem de “indivíduos inescrupulosos e levianos que querem tirar proveito dos acontecimentos para gerar desordem e instabilidade”.