Sem acordo, deputados e Marchezan debatem situação de trabalhadores do Imesf

Mais uma rodada de conversas deve ser marcada nos próximos dias

Foto Juliana Almeida

A extinção do Instituto de Estratégia de Saúde da Família (Imesf) pautou reunião, hoje, entre o prefeito Nelson Marcehzan Jr., as deputadas Luciana Genro (PSol) e Sofia Cavedon (PT) e o deputado Jeferson Fernandes (PT), com a mediação do Ministério Público Estadual. De um lado, o prefeito reiterou o projeto de ampliar e qualificar a atenção primária do serviço de saúde, com aproveitamento de parte dos funcionários pela instituição que assumir o serviço. De outro, os deputados defenderam que não há urgência para a extinção do Instituto.

“Nosso caminho é este e estamos confiantes que vai melhorar o atendimento oferecido à população”, disse Marchezan. Segundo a Prefeitura, um projeto de lei para criar cargos e contratar de forma direta agentes comunitários de saúde e agentes de combate a endemias vai ser encaminhado à Câmara de Vereadores. Além disso, existe a previsão de contratação emergencial de servidores para garantir atendimento aos usuários. Depois, a Prefeitura deve abrir processo para o edital definitivo.

Já os deputados defenderam que é necessário mais diálogo com os trabalhadores e cobraram a formalização de uma proposta de como vai funcionar o sistema de saúde com a demissão dos 1.840 funcionários do Instituto. “Não há urgência para a extinção do Imesf, porque ainda há embargos a serem julgados no STF (Supremo Tribunal Federal). Mesmo assim, o prefeito está irredutível. Queremos que ele ouça os trabalhadores, construindo uma saída dialogada. Mas diálogo não é uma característica do Marchezan”, disse a deputada Luciana Genro.

Mais uma rodada de conversas deve ser marcada nos próximos dias, além de uma audiência com representantes do Sindisaúde-RS. O Sindicato organiza, na quinta-feira, mais uma assembleia para decidir sobre novas paralisações. A categoria pleiteia uma solução para a demissão em massa de 1,8 mil pessoas ligadas à fundação, que deve ser extinta pela Prefeitura. No mês passado, o STF julgou inconstitucional a lei que criou o Imesf, em 2011.