O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou nesta quarta-feira que as manchas de óleo que atingem praias do Nordeste são um caso de poluição “sem precedente” no país e de origem ainda desconhecida.
“O problema é que é um caso sem precedentes, e a origem do óleo é desconhecida. Já se sabe que o óleo não é brasileiro, que teve provavelmente origem venezuelana, mas não se sabe como ele vazou para o litoral brasileiro. Isso dificulta, portanto, medidas de contenção. Aquelas medidas de contenção que podem ser pertinentes nos casos de determinado acidente, conhecida a origem, não são necessariamente pertinentes num caso de poluição difusa como estamos vendo aqui”, afirmou o ministro, em Salvador, após sobrevoo no litoral da Bahia.
Salles reiterou que o governo federal vem tomando todas as medidas necessárias à identificação do óleo e da origem dele, além do recolhimento e destinação do produto desde o início de setembro.
“Com relação ao monitoramento especificamente, nós utilizamos satélites, não só brasileiros, mas também estrangeiros. Temos utilizado aeronave do Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis], com um sistema de radar. Essa aeronave percorreu e vem percorrendo todo o litoral brasileiro, sem detecção desse óleo, que vem por baixo da superfície. Ele vem de um sistema subsuperficial, está abaixo do sistema de visualização por radar”, disse o ministro.
Salles acrescentou que, pelas características do material que se desloca, não se consegue avistá-lo por cima. “Ele só aparece, só se tem notícia de onde ele está, na hora em que ele está bem próximo à praia.”
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