O ex-deputado pelo MDB e ex-presidente municipal da sigla, Luiz Fernando Záchia, disse, em entrevista ao Esfera Pública desta terça-feira, que é necessário cautela em relação à prisão de André Carús (MDB), suspeito de envolvimento em um esquema criminoso. Investigação da Polícia Civil apura o repasse de empréstimos contraídos por servidores ligados ao gabinete para saldar dívidas pessoais de Carús. Záchia defendeu a posição da presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, Mônica Leal (PP), que vai esperar um parecer técnico da Procuradoria da Casa para definir o futuro do vereador.
“Se houver uma licença oficializada, no período em que durar a detenção, assume o suplente. Depois volta-se a vida do cidadão André Carús ao normal e certamente a do vereador. Se vai depois correr processo, se vai correr denúncia, tem todo um trâmite até um julgamento e uma definição”, disse Záchia. Ele lembrou que passou por situação semelhante em 2013, quando foi preso pela acusação de integrar uma rede de corrupção para a obtenção de licenças ambientais enquanto era secretário municipal do Meio Ambiente. Seis anos e meio depois, contudo, o ex-deputado ainda não foi denunciado.
“Imagina se estivesse ficado impossibilitado de exercer qualquer atividade durante seis anos e meio aguardando uma denúncia. Eu insisto: a prudência, a calma é o melhor remédio para esse momento”, disse.
Comando do MDB
Záchia defendeu que o MDB deve superar as adversidades para que não haja reflexos nas eleições municipais de 2020, com Tiago Simon como presidente interino e Alexandre Bock na secretaria-geral, além de outros nomes.
“É um momento ruim. É um momento duro no partido, mas certamente [o MDB] vai saber com muita tranquilidade superar este momento”, comentou.
