A Secretaria Estadual de Saúde confirmou mais dois casos de sarampo no Rio Grande do Sul, elevando para nove o total de ocorrências desde janeiro. Ambos os pacientes residem em Porto Alegre, e as medidas de bloqueio já foram realizadas, com a vacinação de contatos próximos aos doentes.
Todos os nove casos foram importados, ou seja, contraídos fora do Rio Grande do Sul. Há diagnóstico de histórico de viagem a locais com circulação do vírus, desde São Paulo até a Europa. No país, já são mais de 4,5 mil casos registrados somente nos últimos 90 dias, quase 4,4 mil concentrados no estado de São Paulo.
Um dos novos diagnósticos envolve uma mulher de 67 anos, que esteve em contato com um caso confirmado de sarampo durante viagem à Itália. O outro é de um homem de 36 anos, que teve contato com um dos pacientes confirmados previamente no Rio Grande do Sul. Dos outros sete casos positivos, seis envolvem moradores da Capital (que já emitiu alerta epidemiológico para a doença) e o outro, um morador de Dois Irmãos.
O último caso autóctone de sarampo registrado em cidades gaúchas é de 1999. No ano passado, foram 47 casos importados de sarampo no Rio Grande do Sul. Entre 2012 e 2017, não houve registros da doença em nível estadual.
Sarampo: prevenção é o foco
O sarampo é uma doença infecciosa grave, causada por um vírus. A transmissão ocorre quando o doente tosse, fala, espirra ou respira próximo de outras pessoas. A mais efetiva forma de prevenção é a vacinação.
A rede pública de saúde disponibiliza gratuitamente vacinas com componente sarampo (Dupla Viral/Tríplice Viral/ Tetra Viral) para a população com idades entre 6 meses a 49 anos de idade, e também para profissionais de saúde e demais pessoas envolvidas na assistência à saúde hospitalar.
Uma das ações para o enfrentamento ao surto do sarampo no país é a vacinação das crianças de 6 a 11 meses. O objetivo é intensificar a vacinação desse público-alvo, que é mais suscetível a casos graves e mortes. No Rio Grande do Sul, há cerca de 70 mil crianças dentro da faixa etária.
