Professores estaduais anunciam paralisação para os dias 2 e 3 de setembro

Categoria protesta pelo 45º mês de atraso e parcelamento salarial

CPERS criticou desconto dos dias parados durante greve de professores | Foto: Guilherme Testa/CP Memória
CPERS criticou desconto dos dias parados durante greve de professores | Foto: Guilherme Testa/CP Memória

Os professores estaduais anunciaram para o começo da próxima semana paralisação das atividades em protesto pelos atrasos e parcelamentos salariais. Os docentes estão sendo chamados a cruzar os braços nestas segunda e terça-feiras, dias 2 e 3 de setembro, em todo o Estado. Além do pagamento em dia, a categoria pede reposição emergencial de 28,78% e realização de concurso público para o magistério.

Na terça, 3, os professores organizam ato na Praça da Matriz, em Porto Alegre, em defesa dos profissionais contratados emergencialmente, abertura de concurso e pagamento em dia. Ainda na última terça-feira, 27, o sindicato protocolou pedido de inspeção extraordinária nas contas do Estado junto ao Tribunal de Contas, para análise da saúde financeira do Estado.

A categoria espera pressionar deputados para que aprovem emenda ao PL 392/2019, que autoriza o Piratini a contratar emergencialmente cinco mil professores e sinaliza abertura de concurso para o ano que vem. A emenda também prevê a manutenção dos atuais contratos emergenciais, até que os profissionais sejam substituídos por professores nomeados.

O presidente da Federação Sindical dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul (Fessergs), Sérgio Arnoud, falou mais cedo sobre a situação dos parcelamentos, que ocorrem pelo 45º mês consecutivo. Arnoud disse que “lamentavelmente a política adotada pelo governador Leite não oferece nenhuma perspectiva de solução, porque incorre nos mesmos erros do governador Sartori, e sua política continua privilegiando o esvaziamento financeiro do Estado, com manutenção de isenções e perdões fiscais”, asseverou.

Sobre a proposta que prevê aumento da alíquota de contribuição previdenciária de 14% para 22%, Arnoud declarou ser um “confisco” e que há jurisprudência anterior (governo Tarso Genro) declarando que a ação não pode ser executada.