Bebês de seis meses a menos de um ano que forem viajar para algum dos 39 municípios de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Pará (PA) com surto ativo de sarampo devem tomar uma dose extra da vacina tríplice viral, pelo menos 15 dias antes da viagem. A recomendação é do Ministério da Saúde (MS).
O objetivo é interromper a cadeia de transmissão do vírus do sarampo e aumentar a proteção para ocorrência de casos novos da doença. Até 27 de julho (final da semana Epidemiológica 30), foram confirmados 1.045 no país, sendo 965 em São Paulo. Outros 3.024 estão em investigação, conforme o Ministério.
Além da recomendação de dose extra para as crianças, medidas específicas vêm sendo implementadas nos locais com transmissão, como bloqueio vacinal seletivo, intensificação da rotina de vacinação e campanhas de imunização para a população de 15 a 29 anos em algumas cidades.
A dose aplicada nesse público é chamada de “dose zero” e não desobriga as doses de rotina, do Calendário Nacional de Vacinação. “A primeira dose do calendário, prevista para os 12 meses de idade, deve ser feita, mas o intervalo mínimo entre a dose zero e a dose 1 deve ser de 30 dias”, enfatiza o médico Juarez Cunha, da Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde.
A vacina tríplice viral é oferecida pelo SUS a todas as pessoas até 49 anos. O esquema vacinal depende da faixa etária. Em Porto Alegre, todas as unidades de saúde com salas de vacina dispõem de doses.
Para as famílias que necessitarem levar os filhos em horário noturno, cinco unidades de saúde atendem em horário estendido: Tristeza, São Carlos, Modelo e Ramos, até as 22h; e a Clínica da Família José Mauro Ceratti Lopes, na Restinga, que atende até as 20h. Nas demais unidades, o atendimento é das 8h às 17h. Em todos os locais, o funcionamento é de segunda a sexta-feira.
De acordo com dados divulgados, nesta quarta-feira, pelo Núcleo de Imunizações da SMS, a cobertura vacinal (que é calculada a partir de doses em crianças de um ano) da tríplice viral em Porto Alegre em 2019 é de 47,12%. O índice recomendado pelo Ministério da Saúde para proteção e interrupção na transmissão viral é de 95%.
