Bolsonaro admite recuar da intenção de extinguir Ancine

Presidente disse também que governo reavalia composição do Fundo Setorial do Audiovisual

Foto: Isac Nóbrega / PR / CP

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta sexta-feira, que pode manter a Agência Nacional do Cinema (Ancine). No início de julho, ele havia falado em extinguir o órgão. Bolsonaro admtiu o recuo dizendo que é preciso lembrar que o “audiovisual emprega muita gente”. Hoje, o presidente afirmou que o ministro da Cidadania, Osmar Terra, já enviou a ele um rascunho de como pode ficar a agência após uma reestruturação. As informações foram divulgadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.

Bolsonaro disse também que o governo reavalia a composição do Fundo Setorial do Audiovisual, cuja dotação para 2019 é de R$ 724 milhões. O recurso advém de receitas de concessões e permissões e pela arrecadação de um tributo pago pela exploração comercial de obras audiovisuais, algo que o governo pode extinguir. Hoje, Bolsonaro disse que conversou com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para redirecionar esse tributo.

A jornalistas que o aguardaram na saída do Palácio da Alvorada, o presidente voltou a criticar o filme “Bruna Surfistinha”, dizendo que “o que não pode é dinheiro público para esse tipo de filme”.

Ainda conforme o Estadão, o presidente voltou a dizer, ainda, que mudar as regras da agência não significa uma censura à produção audiovisual brasileira. “Não é censura. Não estou falando que vou censurar isso ou aquilo. Não tenho poder para isso. Mas com dinheiro público, não”, disse.