Trabalhadores da saúde de Canoas decidiram, em assembleia, nesta sexta-feira, paralisar as atividades, na segunda-feira, a fim de realizar um ato em frente à Prefeitura da cidade. Conforme o secretário geral do Sindisaúde-RS, Julio Jesien, a ideia é pressionar o poder público “para que apresente ideias”. Caso nenhuma negociação tenha andamento, a categoria entra em greve na quarta-feira.
“Esgotou-se a paciência da categoria. Na mediação de hoje de manhã, no TRT-4, não foi trazida garantia sequer de pagamento das rescisórias, quanto mais de manutenção dos empregos. Por isso, os trabalhadores definiram pela greve”, explicou Jesien. Devem paralisar trabalhadores de 28 Unidades Básicas de Saúde (UBS), oito farmácias e três Unidades de Pronto Atendimento de Canoas, representados pelo Sindisaúde-RS e outras duas entidades.
A mobilização ocorre em razão da possibilidade de desligamento, até 31 de julho, de mais de 300 funcionários vinculados à Associação Beneficente de Canoas (ABC) e à Associação São Miguel, que não terão os contratos renovados com a Prefeitura.
O diretor jurídico da Associação Beneficente São Miguel, César Luis Baumgratz, explicou, no início do mês, que, em 2013, o Município celebrou contrato de prestação de serviço com a antiga gestora, com previsão de se encerrar em 2018. Segundo Baumgratz, os profissionais que serão desligados pertencem às áreas médica e de enfermagem, e a setores administrativos, como portaria, cozinha e recepção.
A Prefeitura de Canoas informou que o encerramento do contrato ocorre por determinação da Justiça, depois que o Ministério Público Federal (MPF) apontou que ele era irregular em diversos itens. No processo, foram notificados ex-gestores municipais, que atuaram no mandato anterior.
O Executivo esclarece, ainda, que vem buscando evitar prejuízos à população, tanto que já encaminhou novas licitações para a substituição do contrato a partir de agosto.
