Pulso Firme: Justiça rejeita manutenção de dois presos gaúchos no sistema federal

MP vai recorrer

Foto: Divulgação/MP

A Justiça negou dois dos 17 pedidos do Ministério Público para manter presos, em penitenciárias federais, criminosos gaúchos transferidos pela Operação Pulso Firme, em 2017. Os demais seguem em análise e, para essas duas negativas, o MP já anunciou que vai recorrer.

Os processos envolvem os detentos Wagner Nunes Rodrigues e Risclei Bueno Martins, ambos representantes, em Porto Alegre, conforme o MP, de duas facções de tráfico que se originaram no Vale do Sinos. A decisão de permitir o retorno dos presos ao sistema carcerário estadual é dos juízes Carlos Noschang Jr. e Roberta Penz de Oliveira, da Vara de Execuções Penais (VEC) de Novo Hamburgo.

O MP reitera a necessidade de manter os detentos distantes das facções. O entendimento da instituição é que a continuidade desses criminosos no sistema carcerário da União contribuiu para a redução da criminalidade.

Em fim de junho, o MP encaminhou 17 pedidos de renovação da transferência. Doze ainda devem ser julgados pela Vara de Execuções Criminais de Porto Alegre, dois pela de Novo Hamburgo e um pela Vara Criminal de Canoas.

Nove dos 17 detentos cumprem pena no Presídio Federal de Porto Velho (Rondônia), sete em Campo Grande (Mato Grosso do Sul) e um em Mossoró (Rio Grande do Norte).

Em julho do ano passado, o MP solicitou a renovação da transferência de 24 presos ao Judiciário gaúcho. Em primeira instância, a Vara de Execuções Criminais de Porto Alegre negou o pedido a 17 desses presos – decisão que acabou revertida pelo Tribunal de Justiça, após o órgão recorrer.

Operação Pulso Firme

A Operação Pulso Firme desencadeou a transferência de 27 presos ligados ao crime organizado para o sistema penitenciário federal em 28 de julho de 2017. A maioria cumpria pena na Cadeia Pública de Porto Alegre (antigo Presídio Central) e na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas. Mais de 3 mil agentes de diversos órgãos e instituições participaram da ação.