Programa CNA Jovem entra em etapa final

Falta pouco para a última etapa do Programa CNA Jovem, que terá seu encontro decisivo entre os dias 5 e 7 de julho, em Brasília. A fase nacional da iniciativa envolveu 61 jovens de 21 estados diferentes, aplicando uma série de atividades com o objetivo de desenvolver habilidades de liderança e estimular a criação de novos projetos para solucionar demandas do meio rural. Entre eles, estão os gaúchos Natacha Gonzales Lüttjohann, Edilberto Teixeira Farinha e Paula Paiva Hofmeister, que irão apresentar na grande final um projeto voltado à promoção de energia limpa no campo através da disseminação de informações entre os produtores rurais.

A fase nacional do CNA Jovem contou com atividades à distância e presenciais, como uma pesquisa realizada na Vila Madalena na cidade de São Paulo. Divididos em grupos, os jovens ouviram em uma hora cerca de 450 pessoas no bairro, aplicando duas perguntas principais: “Onde o agronegócio estava mais presente no seu dia a dia?” e “Qual a sua opinião sobre ele?”. Todos os depoimentos foram recolhidos em vídeo a fim de entender melhor a percepção do público urbano a respeito do setor. O conteúdo recolhido está sendo organizado por uma comissão do programa para discutir resultados e o desafios identificados durante o último encontro do programa na Capital Federal.

Conforme os três jovens finalistas gaúchos, boa parte dos depoimentos mostrou um considerável distanciamento entre a compreensão dos entrevistados e a realidade do setor. “A falta de informação sobre o que é o agronegócio ficou evidente. Muitos apresentaram ideias distorcidas sobre o impacto na vida das pessoas, inclusive associando a problemas sociais ou de saúde sem nenhuma ligação real”, destaca Natacha Gonzales Lüttjohann. Apesar da maioria dos entrevistados comentar de forma positiva, mostrando simpatia ao agronegócio, Edilberto Teixeira Farinha avalia como preocupante o discurso político contra o setor. “Notamos que a desinformação abre espaço para o avanço de ideias distorcidas difundidas por ideologias. Em decorrência disto, alguns depoimentos não reconheciam a importância do agronegócio para a economia nacional, tampouco para produção de alimentos”.

Durante as entrevistas, foram ouvidas pessoas de diferentes perfis econômicos e de estudo. Paula Paiva Hofmeister diz que as entrevistas revelaram a necessidade de refletir como o agronegócio está se comunicando com a sociedade. “Precisamos informar de maneira clara tudo que cerca o setor, desde a nossa atividade no campo até o impacto na balança comercial. Paralelo a isso, também é necessário buscarmos novas formas de compartilharmos esse conhecimento, especialmente com o público urbano. As redes sociais são algumas das alternativas para darmos esse passo”, afirma.

Projeto final

Na fase nacional do CNA Jovem, os três gaúchos abraçaram o desafio de promover novos meios para geração de energia limpa no campo. E foi na construção de uma grande rede de contatos que eles encontraram a solução. O grupo está desenvolvendo um projeto que visa o compartilhamento de informações sobre o tema entre especialistas no setor de energia alternativa, entidades do agronegócio e produtores rurais para conscientizar e impulsionar iniciativas sustentáveis no campo. Ao mesmo tempo em que se busca contribuir com o meio ambiente, o projeto também chama a atenção para a redução de custos na propriedade. O estudo está em fase de conclusão e será apresentado na final do CNA Jovem, em Brasília.