Paulo Guedes fala, nesta quarta, à Comissão Especial da reforma

Relator espera apresentar parecer na primeira quinzena de junho

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes, vai ser ouvido amanhã à tarde na comissão especial da Câmara dos Deputados que examina o mérito da proposta de emenda à Constituição da reforma da Previdência (PEC 6/19), informou hoje, em Brasília, o presidente do colegiado, deputado Marcelo Ramos (PR-AM).

“Vamos começar o debate com a presença do principal interlocutor dessa matéria junto ao governo, que é o ministro Paulo Guedes, e com a apresentação detalhada dos números, demonstrando que o objetivo da comissão é de dar transparência absoluta a esse debate”, afirmou Marcelo Ramos, após reunião com partidos de oposição e com lideranças das legendas que compõem a comissão para discutir o cronograma de trabalho.

O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, também participa da primeira de uma série de audiências públicas para discutir a proposta enviada pelo governo.

A comissão especial da Câmara dos Deputados se reúne na tarde de hoje para apreciar o plano de trabalho elaborado pelo presidente da comissão e pelo relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP). O tucano informou que vai apresentar um cronograma de trabalho com nove a onze audiências públicas que devem ocorrer às terças, quartas e quintas-feiras, sendo encerradas até o fim do mês.

Oposição
O líder da oposição na Câmara, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), destacou que a oposição não vai obstruir os trabalhos da comissão especial na fase de audiências públicas, mas quer “o mais amplo e profundo debate para mostrar que há alternativas melhores do que essa apresentada pelo governo”.

A líder da minoria na Câmara, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), afirmou que a oposição quer aprofundar o debate econômico, orçamentário e temático de cada ponto da reforma da Previdência. “A questão da capitalização é central para nós”, disse.

Segundo Jandira, a oposição quer que sejam apresentados na comissão os dados de cálculo atuarial, do impacto das regras de transição e do regime de capitalização, além dos dados demográficos que embasaram o texto do governo federal.