Inflação oficial fecha 2018 em 3,75%, abaixo da meta do governo

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi divulgado nesta sexta-feira pelo IBGE

Foto: Samuel Maciel / CP Memória

A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou 2018 em 3,75%. Em 2017, ela havia ficado em 2,95%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  Em dezembro, o IPCA registrou inflação de 0,15%, taxa maior que a de novembro, que teve deflação de 0,21%. No mesmo mês do ano passado, o indicador havia registrado inflação de 0,44%.

O inflação acumulada de 2018 ficou abaixo da meta da inflação definida pelo Banco Central — de 4,5% para o ano — e dentro da margem estipulada pelo governo, que varia de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, a inflação poderia ficar entre 3% e 6%.

Os preços de produtos e serviços dos grupos habitação, transportes e alimentos foram os que mais pesaram no bolso dos brasileiros em 2018. Os principais vilões foram passagem aérea, que subiu 16,92%; gasolina, com alta de 7,24%; e ônibus urbano (6,32%).

Em seguida, aparecem os gastos com habitação (4,72%), que considera itens como energia elétrica — 8,7% mais pesada, em média, no bolso do brasileiro.

Os alimentos e bebidas também ficaram mais caros ao longo do ano, com taxa de 4,04%. O tomate (71,76%) foi o produto que ficou mais caro ao longo do ano, enquanto a farinha de mandioca (-13,26%) e o café (-8,22%) foram alguns dos itens que ficaram mais baratos.

Embora a educação, cujos cursos regulares tiveram reajuste médio de 5,68%, tenha registrado o maior índice acumulado em 2018, ela não tem tanta potência na formação da inflação geral.

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de 0,14% em dezembro, acima dos -0,25% de novembro. Ao lado de dezembro de 2016, é a menor variação para o mês desde o início do Plano Real. O índice fechou 2018 acumulado em 3,43%, acima dos 2,07% de 2017. Em dezembro de 2017, o INPC tinha registrado 0,26%.

Os produtos alimentícios tiveram alta de 0,45% em dezembro, mesmo resultado registrado no mês anterior. O agrupamento dos não alimentícios ficou com variação de 0,01%, acima da taxa de -0,55% de novembro.

Quanto aos índices regionais, o mais elevado foi o de Aracaju (0,83%), reflexo do reajuste de 14,00% na tarifa dos ônibus urbanos (9,43%), em vigor desde 9 de dezembro e do item higiene pessoal (3,90%). Já o índice mais baixo foi na região metropolitana de Curitiba (-0,32%) em função das quedas de 6,40% na gasolina e de 2,80% na energia elétrica. 

No fechamento de 2018, o índice acumulou 3,43%, acima dos 2,07% de 2017 em 1,36 pontos percentuais. Os alimentos tiveram variação de 3,82% enquanto os não alimentícios variaram 3,25%. Em 2017, os alimentos haviam apresentado queda de 2,70% e, os não alimentícios, alta de 4,25%. 

Quanto aos índices regionais, o maior foi da região metropolitana de Porto Alegre (4,56%), tendo em vista a alta de 44,66% nas frutas e de 17,47% na energia elétrica. Já o índice mais baixo foi o de Brasília (2,24%), onde as quedas da cerveja (-10,73%) e do item higiene pessoal (-7,60%) ajudaram a conter a taxa.