O Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (GAMP) informou, em nota, que acionou a justiça para garantir assistência à população a partir desta quarta-feira. Das 8h em diante, profissionais da saúde de Canoas, na região Metropolitana, entrarão em greve, alegando atrasos salariais e de vales-transporte.
No documento, o Gamp disse também que “os profissionais têm direito de aderirem ao movimento, o qual considera legítimo”, mas que cabe aos sindicatos garantirem quantitativo mínimo de profissionais para não deixarem os pacientes sem atendimento. A empresa mantém os hospitais Universitário (HU) e de Pronto Socorro (HPS), além de duas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).
A prefeitura de Canoas também se limita a prestar informações através de nota. O prefeito Luiz Carlos Busato garante que mantém em dia os pagamentos com o Gamp, ainda que esteja pendente repasse de R$ 48 milhões por parte do governo estadual.
A Prefeitura de Canoas informou, em reunião hoje com os representantes de sindicatos da saúde, que repassou ao Gamp, em novembro, R$ 16.350.272,07. A assessoria de comunicação da administradora, no entanto, não fala a respeito desses repasses.
Greve por tempo indeterminado
Conforme o Sindicato dos Enfermeiros do RS (SERGS), cruzarão os braços amanhã profissionais dos hospitais Nossa Senhora das Graças, Universitário e HPS, UPAs Rio Branco e Caçapava e CAPS.
Conforme o presidente da entidade, não houve nenhum tipo de contato para negociação. “Nem a gestão do Gamp, nem a da prefeitura de Canoas procuraram o sindicato para resolver o impasse dos atrasos salariais e a greve está mantida”, afirmou o dirigente.
Um rodízio entre os grevistas deve ser mantido para garantir percentual mínimo legal para o atendimento à população.
