O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu a votação, ainda em 2018 pelo Congresso Nacional, de uma “parcela do texto atual” da reforma da Previdência já aprovada em comissão especial da Câmara dos Deputados.
Guedes propôs também que a discussão da proposta sobre um novo sistema, ancorado na capitalização, comece no ano que vem. Para ele, isso pode resultar em “saldo positivo para o governo que sai e para o que entra”, afirmou.
Nessa segunda-feira, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, propôs que se aprove até o fim do ano pelo menos a idade mínima para aposentadoria, que ele estimou em 61 anos para homens e 56 para mulheres. Na proposta que está na Câmara, as faixas são de 65 e 62 anos, respectivamente. Hoje Bolsonaro voltou a mencionar que vai discutir o assunto com o presidente Michel Temer amanhã, em reunião no Palácio do Planalto. Bolsonaro disse que a reforma vai ser “a possível, a proposta que tenha votos (para ser aprovada).
Questionado sobre a viabilidade política de se aprovar a reforma da Previdência ainda em 2018, Paulo Guedes disse acreditar que a política vai se dar “em novas bases de centro-direita”. “Os votos [no Congresso] deixarão de ser individuais, na base do toma lá dá cá, e obedecerão à orientação dos partidos”, afirmou.
Segundo o economista, além da Previdência, o novo governo, tão logo assuma, pretende se dedicar também à desburocratização, simplificação tributária e privatização – temas que também terão de ser analisados pelo Legislativo.
As declarações foram dadas na portaria do Ministério da Fazenda, antes de Guedes se reunir com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, a quem vai suceder.