Crise econômica do RS marca debate da Agert nesta última semana de campanha

Debate entre Eduardo Leite (PSDB) e José Ivo Sartori (MDB), na manhã desta segunda-feira, foi transmitido para 130 emissoras de rádios do RS

Eduardo Leite (PSDB) e José Ivo Sartori (MDB) disputam o segundo turno das eleições para o governo do RS | Foto: Carlos Machado/Rádio Guaíba

Na reta final da campanha eleitoral, os dois postulantes ao governo do Rio Grande do Sul participaram de mais um debate para apresentar ideias ao eleitorado. Na manhã desta segunda-feira, José Ivo Sartori (MDB) e Eduardo Leite (PSDB) se encontraram na Associação Gaúcha das Emissoras de Rádio e Televisão (AGERT).

Questões envolvendo os problemas da economia gaúcha dominaram o primeiro bloco do debate. Os postulantes ao Palácio Piratini fizeram perguntas entre si sobre o Regime de Recuperação Fiscal, privatização ou federalização das estatais, déficit das contas públicas e assuntos envolvendo o Banrisul.

Sartori disse que a assinatura do acordo do RRF permitirá ao RS não pagar a dívida com a União por três anos. “Renegociamos a dívida para reduzir os juros. A assinatura do Regime de Recuperação Fiscal garante a permanência de R$ 11,3 bilhões no Estado para investimento em áreas essenciais”, explicou.

Leite contestou o concorrente e disse que o “Estado já não paga a dívida com a União”. Ele ainda criticou o governo atual, que mesmo sem pagar a dívida, não estaria fazendo os investimentos necessários.

No segundo e terceiro blocos, os candidatos responderam a perguntas enviadas pelas emissoras de rádio e televisão do Estado. Eles falaram sobre investimentos na agricultura e incentivo à agricultura familiar, além de melhorias na infraestrutura rodoviária de acesso aos municípios para o escoamento da produção.

Nas considerações finais, Sartori pediu que o candidato do PSDB não diga que ele faltou com a verdade. O emedebista criticou Leite e disse que as falas do tucano são uma falta de respeito e uma ofensa. Candidato à reeleição, Sartori também agradeceu a todos os que votaram nele quatro anos atrás e disse que vai continuar a fazer política do mesmo jeito. “Nós tomamos atitude e fizemos o que precisava ser feito, mesmo que isso não seja reconhecido por alguns por mera situação eleitoral, momentânea e ocasional. O que nós queremos construir aqui é um futuro diferente”, finalizou.

Já Eduardo Leite disse que no RS há falta de investimento em infraestrutura, em saúde e educação e que quer colocar o Estado no caminho correto. “Nós temos que botar esse Estado numa direção e numa velocidade correta, com responsabilidade. Fui prefeito de uma cidade com muitas dificuldades. Pelotas não tem recursos sobrando no Caixa e mesmo assim entregamos resultados que renderam a mim, no primeiro turno dessa eleição, 70% dos votos. Quem conhece bem o nosso trabalho sabe que somos de ação”, concluiu o tucano.

O debate foi transmitido para cerca de 130 emissoras de rádio de todo o RS.