Na reta final da campanha eleitoral, os dois postulantes ao governo do Rio Grande do Sul participaram de mais um debate para apresentar ideias ao eleitorado. Na manhã desta segunda-feira, José Ivo Sartori (MDB) e Eduardo Leite (PSDB) se encontraram na Associação Gaúcha das Emissoras de Rádio e Televisão (AGERT).
Questões envolvendo os problemas da economia gaúcha dominaram o primeiro bloco do debate. Os postulantes ao Palácio Piratini fizeram perguntas entre si sobre o Regime de Recuperação Fiscal, privatização ou federalização das estatais, déficit das contas públicas e assuntos envolvendo o Banrisul.
Sartori disse que a assinatura do acordo do RRF permitirá ao RS não pagar a dívida com a União por três anos. “Renegociamos a dívida para reduzir os juros. A assinatura do Regime de Recuperação Fiscal garante a permanência de R$ 11,3 bilhões no Estado para investimento em áreas essenciais”, explicou.
Leite contestou o concorrente e disse que o “Estado já não paga a dívida com a União”. Ele ainda criticou o governo atual, que mesmo sem pagar a dívida, não estaria fazendo os investimentos necessários.
No segundo e terceiro blocos, os candidatos responderam a perguntas enviadas pelas emissoras de rádio e televisão do Estado. Eles falaram sobre investimentos na agricultura e incentivo à agricultura familiar, além de melhorias na infraestrutura rodoviária de acesso aos municípios para o escoamento da produção.
Nas considerações finais, Sartori pediu que o candidato do PSDB não diga que ele faltou com a verdade. O emedebista criticou Leite e disse que as falas do tucano são uma falta de respeito e uma ofensa. Candidato à reeleição, Sartori também agradeceu a todos os que votaram nele quatro anos atrás e disse que vai continuar a fazer política do mesmo jeito. “Nós tomamos atitude e fizemos o que precisava ser feito, mesmo que isso não seja reconhecido por alguns por mera situação eleitoral, momentânea e ocasional. O que nós queremos construir aqui é um futuro diferente”, finalizou.
Já Eduardo Leite disse que no RS há falta de investimento em infraestrutura, em saúde e educação e que quer colocar o Estado no caminho correto. “Nós temos que botar esse Estado numa direção e numa velocidade correta, com responsabilidade. Fui prefeito de uma cidade com muitas dificuldades. Pelotas não tem recursos sobrando no Caixa e mesmo assim entregamos resultados que renderam a mim, no primeiro turno dessa eleição, 70% dos votos. Quem conhece bem o nosso trabalho sabe que somos de ação”, concluiu o tucano.
O debate foi transmitido para cerca de 130 emissoras de rádio de todo o RS.