Após quatro anos e meio de investigação, chega a 347 o total de denunciados pela força-tarefa da operação Lava Jato, constituída pelo Ministério Público Federal no Paraná (MPF/PR). De abril de 2014 a outubro de 2018, também foram efetivadas 82 denúncias contra 347 pessoas em Curitiba. As primeiras acusações ocorreram em abril de 2014 e, desde então, o tamanho da investigação aumentou consideravelmente. Ao todo, já foram proferidas 46 sentenças, gerando 215 condenações contra 140 pessoas. O total de pena chega a 2.036 anos, 4 meses e 20 dias de pena.
Conforme o MPF, entre os crimes pelos quais mais de uma centena de pessoas tornaram-se réus estão lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, fraude a licitação, organização criminosa, evasão de divisas, lavagem de dinheiro do tráfico internacional de drogas, crime contra a ordem econômica, embaraço a investigação de organização criminosa e falsidade ideológica, por exemplo.
O último investigado a ser formalmente acusado é o engenheiro Douglas Campos Pedroza de Souza, pela prática do crime de lavagem de dinheiro no âmbito de dois contratos celebrados entre a Odebrecht e a Petroquisa, subsidiária da Petrobras, relacionados a obras no Complexo Petroquímico de Suape, no município de Ipojuca, em Pernambuco.
A 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba aceitou a acusação, na última terça-feira, dia 2 de outubro, tornando o engenheiro réu. Em decorrência dos contratos de aliança firmados para as obras, a Odebrecht ofereceu e efetuou o pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos, dentre os quais Djalma Rodrigues, ex-diretor da Petroquisa e pai de Douglas. As investigações apontaram que ele recebeu o correspondente a R$ 16,1 milhões entre 16 de dezembro de 2010 a 19 de março de 2014 mediante transferências no exterior através das contas em nome de três offshores.