Os sabores e os aromas do campo em um único espaço na Expointer

Produtores oferecem diversos produtos da cultura gaúcha no pavilhão - Foto: Juliana Baratojo/ Especial Palácio Piratini

Cheiros, sabores e cores de todo o Rio Grande do Sul. A Feira da Agricultura Familiar, que abriu para o público neste sábado (25), durante o primeiro dia da Expointer, com o dobro do espaço do ano passado, é uma vitrine da produção das agroindústrias gaúchas. Salames, queijos, mel, chimias, erva-mate, sucos, geleias, produtos orgânicos, sementes, flores e artesanato. E ainda há muito mais.

“A gente sempre vende tudo que traz”, conta Volnei da Cruz Silva, artesão de Bom Jesus que participa da feira desde 2008. Além de produtos em palha, sementes nativas e lã, ele também utiliza uma madeira ainda pouco conhecida aqui no estado: o “kiri”, mais leve e fácil de trabalhar.

Já Ademir Radaelli, da Agroindústria Novo Horizonte, de Doutor Ricardo, está participando pela terceira vez da feira. “A cada ano fica melhor. A expectativa é de vender ainda mais do que no ano passado”, torce Ademir. O produtor comercializa diversos tipos de conservas e chimias, mas a novidade deste ano é a conserva de pepino maxixe e a chimia de caqui.

Alamir de Moura, da agroindústria de panificação Dafla Buriti, de Santo Ângelo, está vindo pelo quarto ano. Desta vez, além de pães, cucas e bolachas, está trazendo embutidos, principalmente salames, em parceria com a esposa Ana Paula, da ALM Carne e Embutidos, que estreia na feira. A expectativa é vender duas toneladas de farináceos, 50% a mais do que em 2017.

Números

A Feira da Agricultura Familiar conta com 285 expositores em 280 estandes. É o trabalho de 1350 famílias de 106 municípios gaúchos. No ano passado, as vendas chegaram a 2,8 milhões de reais.
Além da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), a feira conta com a parceria da Fetag-RS, Fetraf-RS e Via Campesina.

Para o presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, que participou da abertura pela manhã, “a ampliação do pavilhão é a concretização de um sonho que começou em 2011.” Para ele, investir na agricultura familiar significa desenvolvimento.

Juraci de Lima, da direção da Via Campesina, acredita que a agricultura familiar é importante para dar sustento para os filhos e garantir as novas gerações no campo. “É produção para a vida”, garante ela.

Já Rui Valença, coordenador-geral da Fetraf-RS, que está participando desde a primeira edição, “o pavilhão é a vitrine da agricultura familiar gaúcha do mesmo jeito que a Expointer é a vitrine do agronegócio.”

Fonte: Ascom SDR – Secom