Justiça rejeita denúncia contra pais de vítimas da boate Kiss

Com a decisão, não há mais ações judiciais contra parentes

A Justiça de Santa Maria rejeitou, nesta terça-feira, a última denúncia contra pais de vítimas da tragédia da boate Kiss, que deixou 242 mortos em 2013. O presidente da Associação de Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), Sergio Silva, e do vice-presidente, Flavio José da Silva, eram acusados de calúnia pelo promotor Ricardo Lozza.

No processo, Flavio tentou provar que não caluniou o promotor e que falou apenas a verdade, ao dizer que o Ministério Público sabia que a casa noturna vinha funcionando de forma irregular. No julgamento, a chamada “exceção da verdade” teve placar final de 20 votos a 2, contra o pai. Por isso, o advogado da AVTSM, Pedro Barcellos Jr., apresentou um recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília.

O agravo em recurso extraordinário da exceção da verdade, porém, não chegou a ser analisado pelo Supremo, já que o ministro Luiz Fux negou o seguimento da ação. Por isso, o processo voltou para Santa Maria, para o juiz Leandro Augusto Sassi. Com a decisão, da 4ª Vara Criminal do município, não há mais mais ações judiciais contra as famílias já que essa era a última em tramitação.

Flávio é pai de Andrielle, que morreu na tragédia aos 22 anos. Sérgio da Silva é pai de Augusto, estudante de direito que tinha 20 anos. Outros dois parentes de vítimas já haviam sido absolvidos no ano passado.