Laudos preliminares dão negativo para toxoplasma na água da Corsan, em Santa Maria

Segue mantida a orientação de que moradores fervam o líquido ou comprem água mineral

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Foto: Arquivo

A Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) entregou, nesta sexta-feira, ao prefeito de Santa Maria, Jorge Pozzobom, os resultados de análises preliminares em amostras da água distribuída na cidade. Os testes, realizados pelo Laboratório de Zoonoses, Saúde Pública e Protozoologia da Universidade de Londrina comprovaram, até o momento, a ausência do DNA do protozoário causador da toxoplasmose na água tratada e distribuída no município. Com isso, a origem do surto da doença, que pode se tornar o maior do mundo, segue sendo investigada.

Os laudos se referem a coletas de reservatórios de residências e da Estação de Tratamento de Água da Companhia. Embora o resultado não seja conclusivo, a Corsan sustenta que o diagnóstico reitera a potabilidade do produto fornecido em Santa Maria.

Já o superintendente da Vigilância em Saúde do município, Alexandre Streb, salienta que os dados se referem apenas a um período específico. Ele fala que é necessário, também, que os resultados sejam avaliados em conjunto com as demais investigações epidemiológicas em curso.

Streb explica que novas análises devem ser feitas, e que é mantida a orientação de que a comunidade siga bebendo água mineral ou fervida, evitando alimentos malpassados e lavando bem alimentos crus, como legumes e verduras.

Novas amostras ainda devem ser analisadas pela entidade paranaense, entre elas as de poços artesianos, que devem estar concluídas em um prazo de 10 a 15 dias. Por esse motivo, a investigação prossegue e ainda não é possível descartar a água como provável fonte do surto.