Famílias do prédio que desabou em SP poderão sacar o auxílio-moradia

Noventa e sete eram moradores do prédio e 81 pessoas serão beneficiadas porque tiveram os imóveis interditados

A partir desta semana, 178 famílias atingidas pelo desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida, no Largo Paissandu, poderão sacar o auxílio-moradia, informou, por meio de nota, a prefeitura de São Paulo. As famílias devem assinar um termo de adesão.

De acordo com o governo municipal, 97 eram moradores do prédio e 81 pessoas serão beneficiadas porque tiveram os imóveis interditados. Neste domingo, o trabalho de busca por cinco desaparecidos nos escombros completa seis dias.

Cerca de 10 toneladas de escombros já foram retiradas, mas ainda há muito entulho. De acordo com o tenente André Elias, porta-voz do Corpo de Bombeiros, 49 homens trabalham no local neste momento. São duas frentes de atuação: uma equipe de busca e resgate em estruturas colapsadas e outra fazendo rescaldo e resfriamento da estrutura. Cinco pessoas ainda estão desaparecidas: um casal e uma mãe com seus dois filhos gêmeos.

Elias informou que a todo momento o trabalho das máquinas é acompanhado pela equipe de resgate e, caso seja identificado alguma evidência dos desaparecidos, é iniciada a busca manual. Além de duas retroescavadeiras, estão sendo utilizados cachorros na operação. Ele destacou ainda que a estratégia, por enquanto, permanece a mesma, mas pode ser reavaliada.

Desaparecidos

Na manhã de ontem (5), o corpo de Ricardo Oliveira Galvão Pinheiro, 39 anos, foi liberado pelo Instituto Médico Legal para sepultamento. Ele foi encontrado sob os escombros do desabamento na sexta-feira (4). Ricardo estava sendo resgatado pelos bombeiros, quando o prédio veio abaixo. A identificação do corpo foi possível após realização de exame com as impressões digitais, segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.

De acordo com o órgão, o incêndio foi causado por um curto-circuito em uma tomada de um cômodo no quinto andar. O espaço era ocupado por uma família de quatro pessoas. Segundo o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho, o pai e uma criança ficaram feridos com queimaduras graves.