Quatro oficialmente desaparecidos são procurados em área onde prédio desabou em SP

Homem, mulher e dois filhos gêmeos dela podem ter sido soterrados pelos escombros do imóvel

Prédio de 26 andares em chamas desaba em São Paulo

O capitão do Corpo de Bombeiros Marcos Palumbo confirmou, nesta quarta-feira, que as equipes de resgate estão trabalhando, oficialmente, com quatro vítimas do desabamento do edifício que pegou fogo na madrugada de ontem, no Centro de São Paulo. A lista abrange uma mãe, Selma Almeida da Silva, de 48 anos, e os dois filhos gêmeos (Welder e Wender, de 9 anos), supostos moradores do 8° andar do prédio; além de Ricardo Amorim, de 30 anos, que era resgatado do 9º andar, no momento em que o edifício ruiu.

Ex-companheiro de Selma, o vendedor Antonio Ribeiro Francisco, de 42 anos, apareceu na tenda montada pela assistência social na lateral do Largo do Paissandu para oficializar o desaparecimento da vítima. Francisco disse ter conversado com Selma às 21h de segunda-feira, horas antes da tragédia, ocorrida por volta de 1h30min da terça-feira. Após a tragédia, Francisco mandou mensagens no WhatsApp para ela, mas o texto não foi visualizado.

Segundo o vendedor, Selma vivia no edifício havia cerca de seis anos. “É uma menina muito querida. Aliás, era, né? Sei que ela morreu. Já avisei para a nossa filha que a mãe e os irmãos dela morreram. Não vou ficar enrolando ninguém”, afirmou.

Um homem que se identificou como Itasir e disse ser o pai de Wender e Welder, os gêmeos de 9 anos, também esteve na tenda da prefeitura para relatar o sumiço de Selma e dos filhos.

A retirada de escombros continua de forma manual. A expectativa é de encontrar Ricardo Amorim, que foi atingido pela ruína do prédio no momento em que era retirado. Moradores relataram que ele ajudou diversos sobreviventes, até ficar preso no 9º andar.