Prédio do semiaberto do presídio de Sarandi pega fogo

O Presídio Estadual de Sarandi foi o sexto estabelecimento prisional gaúcho incendiado no intervalo de 21 dias. O fogo iniciou às 18h45min, no prédio do semiaberto, e se propagou rapidamente. A Susepe informou que o Corpo de Bombeiros foi acionado e que a guarnição de serviço prestou os primeiros atendimentos. O fogo foi controlado antes das 20h e não houve feridos. O anexo tem capacidade de engenharia para 64 apenados. No momento, a Susepe informou que o efetivo prisional é de 40 presos.
Em Sarandi, agentes penitenciários realizaram, na manhã de sexta-feira, uma revista geral “para manter a ordem e desarticular possíveis lideranças negativas entre os apenados”, conforme a Susepe. Dois dias após a revista, o incêndio foi registrado, mas não há confirmação sobre as causas do incidente.
O caso mais grave ocorreu na quinta-feira, quando cinco detentos morreram devido ao fogo que afetou parte da Penitenciária Estadual de Rio Grande, na região Sul. Um agente penitenciário e outros sete apenados ficaram feridos. Após o incidente ocorrido em Rio Grande, o superintendente dos Serviços Penitenciários, Angelo Carneiro, informou que as ocorrências podem ser reivindicações dos apenados, por conta de benefícios do regime.
Antes disso, no dia 25 de março, um incêndio destruiu o albergue de detentos do regime semiaberto do Presídio Estadual de Carazinho. No local, havia 108 presos. Desalojados, os presos passaram as noites em suas casas com autorização do poder Judiciário. “Todos cumpriram o acordo”, segundo a Susepe. As causas do incêndio estão sendo apuradas.
No dia seguinte, um princípio de incêndio atingiu o pavilhão F da Penitenciária Modulada de Canoas. O fogo foi causado por detentos que arremessaram uma bituca de cigarro no depósito de colchões. As chamas provocaram uma densa fumaça e foram combatidas por agentes penitenciários com extintores e água da rede de hidrantes.
Já no dia 22, um incêndio de grandes proporções atingiu a Penitenciária Modulada Estadual de Osório, no Litoral Norte. De acordo com o Corpo de Bombeiros, as chamas iniciaram no módulo 1 do presídio, onde ficam os detentos em regime semiaberto. A ala atingida ficou totalmente destruída, mas não houve registros de presos feridos com gravidade.
No dia 19, uma suposta rebelião no Presídio Estadual de Dom Pedrito, na região da Campanha, deixou ao menos três detentos feridos. A confusão começou após a chegada de apenados vindos do Presídio de Alegrete. Alguns presos atearam fogo em colchões.