PSol vai processar desembargadora que propagou informação falsa sobre Marielle

O PSol deve apresentar nesta terça-feira uma representação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra a desembargadora Marilia Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A magistrada publicou, no Facebook, a acusação de que a vereadora carioca Marielle Franco havia sido eleita pelo Comando Vermelho, além de insinuar que a parlamentar foi executada por um suposto descumprimento de compromissos à facção. Também escreveu que ela era um “cadáver comum”.
A peça jurídica era finalizada pelos advogados do partido nesta segunda-feira. No fim da tarde, eles ainda debatiam se usarão a mesma representação para denunciar outra postagem de Marilia, de dezembro de 2015, em que ela defende o “fuzilamento” do deputado federal Jean Wyllys.
“Se a difamação contra Marielle já seria motivo suficiente para exigir o imediato afastamento do cargo desta funcionária pública, a comissão do crime de incitação ao homicídio é um fato ainda mais grave”, sustenta nota do PSol-RJ, que cobra a saída da função pública da desembargadora: “Castro Neves não pode permanecer um minuto mais como desembargadora”.
Câmara
Em outra frente, o PSol vai ingressar na Comissão de Ética da Câmara dos Deputados contra o deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF). Via Twitter, ele divulgou na sexta-feira a informação inverídica de que Marielle Franco tinha sido mulher de um traficante. Depois da repercussão, o deputado chegou a admitir o erro e, mais tarde, apagou a própria conta no Twitter.