Convidado pelo Movimento Negro para um aula pública sobre ações afirmativas, o militante e diretor da ONG Educafro Frei David Santos conseguiu, hoje, em passagem pela Capital, deixar agendada uma audiência de conciliação com o reitor da instituição, Rui Oppermann, prevista para esta terça-feira. Ainda não há horário definido para o encontro. Desde o dia 8, manifestantes mantêm ocupado o saguão do prédio da Reitoria, reivindicando mudanças no ingresso de estudantes cotistas na instituição.
Em nota oficial, o Movimento Negro salientou que espera resolver o impasse. Os ativistas propõem a edição da Portaria 937, “retirando alguns pontos que, no mínimo, são problemáticos; e inserindo a possibilidade de representantes discentes na comissão de recursos, bem como a participação da sociedade civil”. Veja a nota na íntegra.
Entenda a questão
A Ufrgs decidiu atualizar a portaria 800, que trata da entrada de candidatos cotistas aprovados em vestibular. A nova portaria, de número 937, segue determinando como critério predominante nas avaliações o fenótipo do candidato, mas faculta aos postulantes às vagas que tiveram a primeira avaliação indeferida a possibilidade de usar documentação comprobatória até a geração dos avós a fim de justificar a afrodescendência. Já o movimento entende que que a portaria abre brechas para que brancos ocupem as vagas de negros, e também reitera que, apesar de o sistema de cotas possuir inúmeras irregularidades, jamais algum aluno foi punido por fraudar o sistema.
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