MP denuncia 40 integrantes de facção por organização criminosa, lavagem de capitais e corrupção de menores

O Ministério Público apresentou à Justiça denúncia contra 40 integrantes da facção conhecida como “Bala na Cara” pelos crimes de organização criminosa, lavagem de capitais e corrupção de menores. A denúncia foi no dia 18 de janeiro e foi divulgada nesta segunda-feira pelo MP. A ação faz parte do projeto-piloto da Promotoria de Justiça Especializada no Combate aos Crimes de Lavagem de Dinheiro e Organização Criminosa.
Entre os denunciados está José Dalvani Nunes Rodrigues, o “Minhoca”, um dos chefes da facção. Hoje ele está preso no Presídio Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Minhoca foi preso pela Polícia Civil em Ciudad del Este, no Paraguai. Na ocasião, teve o telefone celular apreendido, o que garantiu a produção de grande parte das provas para a denúncia. No aparelho estavam armazenadas fotografias dos integrantes da organização criminosa, portando armas de diversos calibres, além de recibos que compravam a prática dos crimes. Também estavam preservadas conversas entre Minhoca e outros integrantes da facção.
Segundo o que apurou o MP, na hierarquia da organização, Minhoca tinha todos os outros membros subordinados a ele. Foram identificados os gerentes dos pontos de tráfico, executores de tarefas criminosas, os depositantes e as pessoas que serviam como “laranjas”. Minhoca, mesmo do Paraguai, indicava locais para o tráfico, determinava pagamentos, apontava contas a serem depositados valores. Além disso, eram dele que partiam as ordens para a execução de homicídios, vendas de armas de fogo e de drogas. Eram movimentados cerca de R$ 500 mil reais por semana.
A organização criminosa que se declarava “Bala na Cara” era voltada ao tráfico de drogas e, para manter essa atividade, atuava também no comércio ilegal de armas de fogo e cometia homicídios. Para lavar o dinheiro, a organização fazia depósito, empréstimo e recebimento de valores por meio de conta bancária de terceiros. Além disso, adquiriam móveis e imóveis em nome de outras pessoas, como dois minimercados, uma loja de roupas, uma lavagem de veículos, três imóveis residenciais (entre
O MP aponta ainda que o grupo aliciou uma adolescente de 16 anos, para que a jovem executasse o tráfico e fizesse depósitos bancários.