A Força Aérea Brasileira (FAB) divulgou, nesta segunda-feira, relatório concluindo que não houve registro de pane ou mau funcionamento no sistema da aeronave que caiu provocando a morte do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), e mais quatro pessoas em Paraty (RJ). O acidente completou um ano no dia 19. O o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) da FAB não aponta culpados, mas apresenta fatores que contribuíram para a causa do acidente, de forma a evitar novos desastres aéreos.
Segundo a FAB, o local do acidente, próximo a Paraty (RJ), tinha “condições restritas de visibilidade” no momento do desastre. As informações corroboram a tese da Polícia Federal de que não houve ato intencional no acidente. “O Cenipa é o órgão da Força Aérea Brasileira que investiga, não julga. Não é um órgão de investigação penal. É um órgão técnico, que tem como função encontrar causas do acidente, inclusive para reduzir a possibilidade de acidentes futuros. O relatório da Polícia Federal é mais relacionado a aspectos jurídicos penais de investigação”, disse o ministro da Defesa, Raul Jungmann.
Em 10 de janeiro, a Polícia Federal informou que sua principal linha de investigação aponta para falha humana nas manobras de aproximação da aeronave da pista de pouso em Paraty. A investigação ainda não foi concluída. As causas do acidente ainda estão sob investigação. Foram abertas três frentes de investigação – da Força Aérea Brasileira (FAB), do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF).
Além do ministro Teori, morreram no acidente o empresário Carlos Alberto Filgueiras, dono da avião, o piloto Osmar Rodrigues, a massoterapeuta Maíra Panas e sua mãe, Maria Hilda Panas Helatczuk. Até então, Teori Zavascki era o relator da Operação Lava Jato. Por causa disso, rumores de armadilha ou assassinato foram checadas. Mas, de acordo com a Polícia Federal, a tragédia foi causada por falha humana.