Infestação de águas-vivas preocupa veranistas no litoral Norte

Além de observar as bandeiras tradicionais, indicando as condições do mar, os banhistas do litoral Norte do Rio Grande do Sul devem, também, ficar atentos com a bandeira de cor púrpura. Anexada próxima as guaritas dos guarda-vidas, elas podem ser vistas cada vez com mais frequência, indicando infestação de águas-vivas na temporada de 2018. Ao todo, mais de quatro mil casos de queimaduras já foram registrados no verão.
De acordo com o coordenador do 9º Batalhão do Corpo de Bombeiros, major Jefferson Ecco, o registro das “mães-d’água” era sazonal até o verão anterior, quando começaram as primeiras infestações e, consequentemente, o levantamento dos casos de queimadura. De acordo com ele, os animais se locomovem em colônias extensas e, por isso, não há como identificar praias com maior incidência. “A tendência é que elas ocupem toda a orla”, explica.
Desde 2015, o Corpo de Bombeiros Militar mantém parceria com a Universidade Feevale para alertar sobre os riscos oferecidos pela espécie. Ao todo, 220 bandeirolas foram confeccionadas no padrão internacional e distribuídas de Torres a Quintão para conscientizar a população a registrar os casos que ocorrem no contato com os tentáculos do animal.
Alguns cuidados devem ser tomados quando as queimaduras ocorrem, causando irritações, sensação de queimadura, dores e fisgadas – em casos mais graves, é possível que haja náusea, vômito e até desmaio. O principal a ser feito ao ser queimado por uma mãe d’água é lavar o local com a água do mar e não com água potável, o que piora a situação.
Outra medida importante é fazer compressas frias com vinagre, que está disponível nas guaritas dos guarda-vidas. Em casos em que os tentáculos se prendem à pele, eles devem ser removidos com o auxílio de pinça ou gelo, sem esfregar o local.