
Acompanhando o ritmo de crescimento na contratação de mão de obra, o setor de alimentação gerou 10.148 vagas formais em agosto, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta semana. No geral, foram criadas 147 mil empregos de carteira assinada no Brasil.
Além dos números do Caged, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua) referente ao trimestre de junho, julho e agosto revelou que o segmento de alojamento e alimentação — do qual bares e restaurantes representam cerca de 85% — registrou saldo positivo de 3 mil novos postos de trabalho em relação ao trimestre anterior. O índice mede o número de empregos formais e informais no país. Outro dado de destaque é o rendimento médio mensal dos trabalhadores do setor, que atingiu R$ 2.267, o maior valor da série histórica, sinalizando maior valorização da mão de obra e estimulando a economia do país.
“O setor de bares e restaurantes tem se mostrado um pilar importante para a geração de emprego no Brasil. Mesmo em um cenário econômico desafiador, continuamos contratando, ampliando oportunidades e contribuindo para o aumento da renda. Isso demonstra a força e a resiliência do nosso segmento”, afirma Paulo Solmucci, presidente da Abrasel.
CONTRATAÇÃO
Apesar dos números positivos, a dificuldade em encontrar mão de obra qualificada segue como desafio constante para os empresários do setor: um levantamento da Abrasel realizado neste ano mostrou que 90% dos empreendedores consideram “difícil” ou “muito difícil” contratar novos funcionários. Os motivos para a dificuldade de contratação são dois: a escassez de profissionais bem qualificados (64%) e a falta de interessados nas vagas (61%).
“Com a consistente geração de empregos e aumento do salário médio, mesmo assim o setor enfrenta dificuldades para encontrar profissionais qualificados. A escassez de mão de obra e a baixa adesão às vagas disponíveis mostram que é necessário investir em capacitação, tornar a carreira em bares e restaurantes mais atrativa e estimular o ganho de produtividade nos negócios. Nesse contexto, o trabalho intermitente surge como solução viável, uma vez que permite maior flexibilidade e mais produtividade na operação, além de oferecer garantia jurídica para empregadores e empregados”, afirma Paulo Solmucci, presidente da Abrasel.