As vendas no setor de bares e restaurantes cresceram 0,4% em julho. Os dados são do Índice Abrasel-Stone, relatório mensal divulgado pela Stone, principal parceira do empreendedor brasileiro, em parceria com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). Já com relação ao mesmo período do ano anterior, as vendas reportaram queda de 0,9%. Para o presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, “as férias escolares trouxeram bom movimento principalmente às cidades mais turísticas, mas mesmo os centros urbanos mantiveram um nível de consumo positivo. O resultado do mês é animador e traz boa expectativa para o segundo semestre”.
O Índice Abrasel-Stone monitora o desempenho do setor de alimentação fora do lar em 24 estados brasileiros. Desenvolvido a partir da base transacional da Stone, o indicador oferece uma leitura precisa e atualizada sobre a variação das vendas no setor, com o objetivo de apoiar empreendedores na tomada de decisões mais estratégicas.
Segundo Guilherme Freitas, economista e pesquisador da Stone, o mês de julho trouxe um alívio pontual para o setor, mas ainda dentro de um cenário desafiador. “Após a queda expressiva registrada em junho, o setor de bares e restaurantes voltou a crescer em julho, impulsionado, em parte, pelo avanço do mercado de trabalho e pela queda na taxa de desemprego. No entanto, o ritmo mais moderado na geração de empregos, aliado ao alto comprometimento da renda das famílias com dívidas e à inflação ainda elevada no segmento de alimentação fora do domicílio, mantém a pressão sobre o consumo. Esse conjunto de fatores indica que a recuperação deve ser gradual e requer atenção, especialmente para negócios que dependem diretamente do poder de compra dos consumidores.”
ANÁLISE REGIONAL
Dos 24 estados contemplados pelo levantamento, sete estados apresentaram crescimento nas vendas do setor de bares e restaurantes em junho, na comparação anual: Rio Grande do Norte e Maranhão (3,3%), Piauí (2,7%), Paraná e São Paulo (1%), Goiás (0,3%) e Roraima (0,1%). Já entre os estados com desempenho negativo, as maiores quedas foram observadas no Pará (6,8%), Tocantins (5,9%), Mato Grosso (5,6%), Alagoas (5%), Bahia (4,8%), Rondônia (3,4%), Rio Grande do Sul e Santa Catarina (2,9%), Pernambuco (2,8%), Paraíba e Minas Gerais (2,3%), Rio de Janeiro (2,1%), Espírito Santo (1,3%), Mato Grosso do Sul (0,6%), Ceará (0,5%) e Amazonas (0,4%). Sergipe manteve estabilidade, com 0% de variação.