
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulto do Hospital Municipal de Novo Hamburgo foi reaberta na noite do último domingo após a negativação de todas as coletas de amostras realizadas em superfícies e equipamentos, destinadas à detecção da Acinetobacter baumannii. A normalização dos atendimentos e dos serviços foi comunicada pela Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (FSNH). A unidade estava interditada desde o dia 4 de agosto, quando se iniciou o processo de higienização.
Na última semana, representantes da Vigilância Sanitária Municipal e Estadual estiveram na instituição para avaliar as medidas adotadas durante o período do surto, bem como o processo de realocação dos pacientes. A visita foi acompanhada pela direção do hospital, Gerência Assistencial, Coordenação de Enfermagem da UTI, Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) e Segurança do Paciente. As equipes realizaram vistorias na UTI e na Unidade Neurovascular, com o objetivo de assegurar a segurança e a qualidade do atendimento prestado.
A presença da bactéria resistente dentro da UTI, identificada entre os dias 11 e 15 de julho com a internação de dois pacientes portadores da mesma, fez com que as equipes evacuassem o setor e realizassem o bloqueio e a desinfecção do local. Sete pacientes precisaram ser realocados para a Sala Amarela. Segundo o médico infectologista da instituição de saúde hamburguense, Rafael Matiuzzi, a bactéria é resistente a antibióticos e pode causar infecções graves em ambiente hospitalar.
Ela é considerada comum porque vive no ambiente e pode sobreviver por muito tempo em objetos e equipamentos. Conforme o médico, a evacuação temporária da UTI foi necessária para permitir a limpeza e desinfecção completa do ambiente, pois a permanência de pacientes durante o processo aumenta o risco de novas infecções graves e potencialmente fatais, especialmente em pessoas enfermas.
Fernanda Bassôa/Correio do Povo