
O União Brasil e o PP (Progressistas) decidiram nesta terça-feira (2) deixar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mandaram dois ministros filiados aos partidos saírem dos cargos. A decisão prevê penalidades para quem não cumprir as regras.
A decisão das legendas vale para os ministros que foram eleitos para o Congresso nas eleições de 2022 e se licenciaram das funções parlamentares para integrar a Esplanada dos Ministérios: os ministros do Turismo, Celso Sabino (União Brasil), e do Esporte, André Fufuca (PP).
O prazo de saída não foi formalizado no anúncio, mas interlocutores relataram ao R7 que a expectativa é de que renúncias aconteçam ainda nesta terça. Sob reserva, representantes dos partidos confirmaram à reportagem que os ministros já foram avisados da decisão e que não houve reunião para tentar reverter o cenário no Planalto.
Os partidos estão à frente de outros dois ministérios — Ministério das Comunicações, com Frederico de Siqueira Filho, e Ministério do Desenvolvimento Regional, com Waldez Góes. No entanto, como ambos foram indicados pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), não devem ser obrigados a renunciar.
Contudo, a determinação dos partidos também será aplicada a outros cargos na administração federal. “Informamos a todos os detentores de mandato que devem renunciar a qualquer função que ocupem no governo federal”, anunciou o presidente do União, Antonio Rueda.
“Em caso de descumprimento desta determinação, se dirigentes desta federação em seus estados, haverá o afastamento em ato contínuo. Se a permanência persistir, serão adotadas as punições disciplinares previstas no estatuto”, acrescentou.
“Esta decisão representa um gesto de clareza e de coerência. É isso que o povo brasileiro e os eleitores exigem de seus representantes”, concluiu Rueda.
Cobrança de Lula motivou decisão
Desde o primeiro semestre, os dois partidos avaliavam se deveriam sair do governo, mas o debate foi acelerado após uma cobrança do presidente Lula pela falta de defesa do Planalto em agendas públicas por parte das legendas.
A cobrança do presidente, que causou mal-estar entre alguns titulares, ocorreu depois do evento que formalizou uma federação partidária entre as duas siglas com críticas ao governo e da derrota do Executivo com a instalação da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que vai apurar as fraudes no INSS.
Perguntas e Respostas
Quais partidos decidiram deixar o governo Lula?
Os partidos União Brasil e Progressistas (PP) decidiram deixar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Quais ministros foram afetados pela decisão?
A decisão afeta os ministros do Turismo, Celso Sabino (União Brasil), e do Esporte, André Fufuca (PP), que se licenciaram de suas funções parlamentares para integrar a Esplanada dos Ministérios.
Quais são as consequências para os ministros que não cumprirem a decisão?
Os ministros que não cumprirem a decisão poderão enfrentar penalidades, incluindo a expulsão dos partidos.
Houve alguma reunião para tentar reverter a decisão?
Não houve reunião para tentar reverter a decisão no Planalto, e os ministros já foram avisados sobre a situação.
Existem outros ministérios envolvidos na decisão?
Sim, os partidos estão à frente de outros dois ministérios: o Ministério das Comunicações, com Frederico de Siqueira Filho, e o Ministério do Desenvolvimento Regional, com Waldez Góes. No entanto, como esses ministros foram indicados pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, não devem ser obrigados a renunciar.
Qual foi a declaração do presidente do União sobre a decisão?
Antonio Rueda, presidente do União, afirmou que todos os detentores de mandato devem renunciar a qualquer função no governo federal e que haverá punições disciplinares para aqueles que não cumprirem a determinação.
Por que a decisão foi acelerada?
A decisão foi acelerada após uma cobrança do presidente Lula sobre a falta de defesa do Planalto em agendas públicas por parte das legendas, o que causou mal-estar entre alguns ministros.
Qual foi o contexto que levou à saída dos partidos do governo?
Os dois partidos vinham avaliando a possibilidade de sair do governo desde o primeiro semestre, mas a discussão ganhou força após críticas ao governo e a instalação da CPMI que vai apurar fraudes no INSS.
Fonte: R7