
Chegou ao fim o surto de Covid-19 no Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Porto Alegre, informou o Grupo Hospitalar Conceição (GHC) nesta segunda-feira. De acordo com o GHC, a decisão foi tomada depois de a Comissão Interna de Controle de Infecção Hospitalar não detectar mais casos confirmados da doença desde o último dia 2.
Ao todo, desde o último dia 16 de agosto, o vírus foi detectado em 65 pacientes, dois dos quais morreram, nos dias 28 de agosto e 1º de setembro. Ambos eram idosos do sexo masculino que não estavam vacinados ou estavam sem a cobertura vacinal completa. Outros cinco funcionários também contraíram a doença e foram afastados de suas funções. Nesta segunda-feira, cinco pacientes permanecem internados em isolamento. Em alguns casos, foi necessária a administração de oxigênio.
Mesmo com o final do surto, o GHC informou que manterá as visitas a um familiar por paciente em todas as unidades, exceto a Unidade de Tratamento Intensivo, que poderá receber dois familiares diariamente. Além disso, continuará sendo obrigatório o uso de máscaras em todas as dependências do HNSC. Ambas as medidas são por tempo indeterminado.
O GHC disse acreditar que estas medidas foram os principais fatores que causaram a redução do surto. Há duas semanas, houve o pico de 40 pacientes internados com confirmação da doença no HNSC, mas, desde lá, houve uma redução. O Grupo também disse não ter havido fechamento de setores no Hospital Conceição, e nenhum leito foi fechado em virtude da Covid-19.
Atualmente, o Brasil tem em circulação uma cepa da doença considerada mais transmissível, porém menos virulenta, ou seja, que causa menos complicações clínicas. Em 2025, as subvariantes identificadas no país são a LP.8.1, variada da Ômicron, NB 1.8.1, também conhecida como Nimbus, e a XFG, ou Stratus. Os dados da Operação Inverno da Prefeitura de Porto Alegre mostram que a cobertura vacinal contra a Covid-19 é de apenas 60%, em média, e de todos os grupos etários, de somente 58,6%, números considerados abaixo dos desejados, já que a meta é de uma cobertura de 90%.
Fonte: Felipe Faleiro / Correio do Povo