
A Defesa Civil de Piratini, no Sul do Estado, segue realizando o levantamento dos estragos causados pela chuva e o intenso vento da noite passada. Segundo o coordenador da Defesa Civil municipal, Glaiton Ávila, várias estradas vicinais estão totalmente destruídas. “Tivemos pontes que recuperamos após a penúltima chuva e que foram embora com esta”, relata.
A zona rural tem 22 pontes submersas. “Estamos aguardando o arroio descer para saber se estão no local ou se foram totalmente perdidas. Outras sete foram arrastadas pela chuva”, relatou. Partes de localidades do 2º, 3º e 4º Distrito de Piratini estão sem acesso à zona urbana. “Com a ponte submersa na BR 392, o setor madeireiro da cidade não consegue retirar seu produtos, pois o acesso é somente pela ERS 702, onde não passa bitrem”, observou.
Ele confirmou que quando conseguirem contabilizar os estragos, o prefeito Márcio Porto irá decretar situação de emergência. “Além de tudo que passamos temos a questão da ponte, na BR 293, sobre o rio Piratinizinho que segue trancada para veículos pesados. Com isto os caminhões estão usando estradas municipais, que não têm capacidade para suportar a carga, para se deslocar”, relatou. Ele afirma que entre a noite de quarta-feira e a manhã desta quinta-feira choveu 75 milímetros na cidade.
Até o momento não há relatos de danos em residências. Em se tratando da agricultura, pequenos produtores de leite que estão com o produto estocado, não terão possibilidade de fazer o escoamento da produção devido à falta de trafegabilidade nas estradas da zona rural. Algumas localidades do 2º e 3º Distrito seguem sem energia elétrica na tarde desta quinta-feira. Já em Capão do Leão, os ventos fortes derrubaram uma árvore em cima de uma casa. Não há feridos, nem desabrigados ou desalojados nas duas cidades.
Hipótese mais provável é de tornado em Santa Vitória do Palmar
Meteorologistas de Pelotas chegaram no final da manhã desta quinta-feira em Santa Vitória do Palmar. O município foi afetado por uma forte rajada de vento, que levou destruição à localidade de Canelões. Segundo o coordenador municipal da Defesa Civil, Daniel Cava, a hipótese mais provável é mesmo de um tornado. “Pelas características iniciais, os meteorologistas estão desconfiados de um tornado”, enfatizou.
Na quarta-feira, mil pessoas chegaram a ficar sem energia elétrica. Nesta quinta-feira, o número caiu para 341. Mais de 100 postes caíram e estão sendo recuperados pela CEEE Equatorial. Os produtores rurais têm disponibilizado suas propriedades para a logística e também emprestando maquinário para que a empresa possa chegar em locais de difícil acesso. O problema está centralizado em Canelões onde ocorreu o fenômeno climático. O conserto completo de todos os equipamentos, que inclui as torres de geração, pode demorar até 15 dias.
Fonte: Angélica Silveira / Correio do Povo