
Foi concluído nesta sexta-feira o inquérito sobre a morte de Brasilia Costa, que foi esquartejada e que teve parte do corpo encontrado dentro de uma mala na rodoviária de Porto Alegre. O publicitário Ricardo Jardim, preso como suspeito do crime foi indiciado por feminicídio, falsificação de documentos e ocultação de cadáver. Ele era ex-companheiro da vítima.
Conforme o delegado Mário Souza, diretor do Departamento de Homicídios (DHPP), o suspeito agiu sozinho. Na visão de Souza, Jardim pode ser condenado a quase cem anos de prisão.
“O caso está encerrado. Entendemos que ele agiu sozinhos. São quase 100 anos de indiciamentos”, disse o diretor do DHPP.
Ainda segundo Mario Souza, os agentes continuam em busca da cabeça da vítima. As causas do homicídio não foram determinadas.
“O fato dela ter sido morta é o determinante para a investigação, independente da forma como o assassinato ocorreu. Infelizmente não encontramos a cabeça da vítima, mas as buscas continuam.”
A Defensoria Pública segue como representante de Jardim. O órgão se manifestará somente nos autos do processo.
O crime ocorreu entre os dias 8 e 9 de agosto. Também nesse intervalo, o suspeito comprou luvas, lona e uma serra. Já em 14 de agosto, ele adquiriu a mala em que o corpo da mulher seria deixado, seis dias depois, em 20 de agosto, no guarda-volumes da rodoviária.
Com a lona, ainda segundo apuração policial, o suspeito teria forrado o chão do imóvel. A intenção seria evitar que outros moradores da pousada ouvissem os ruídos do esquartejamento, que teria sido feito com o uso da serra, disse a Polícia Civil.
Cerca de quatro dias após o crime, em 13 de agosto, a vítima teve os braços deixados em um saco de lixo no bairro Santo Antônio, na zona Leste. Em 20 de agosto, a mala com o tronco foi deixada no guarda-volumes da rodoviária, em nome e endereço de uma pessoa que trabalha em um escritório de contabilidade, em Canoas, mas que nada tem a ver com o crime.
As duas pernas da mulher foram encontradas entre os dias 6 e 7 de setembro, na zona Sul da Capital. A primeira destas apareceu, na orla do bairro Ipanema, entre a areia e a água, onde foi avistado por um trabalhador do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU). Outra, surgiu na orla do Guaíba, perto da avenida Edvaldo Pereira Paiva, sendo localizada por um pescador.
Informalmente, o criminoso teria dito aos policiais que descartou a cabeça da vítima em um lixo orgânico no entorno do Gasômetro. O receio dos agentes é que um caminhão de coleta tenha recolhido o entulho e que, por isso, o membro possa ter sido triturado junto aos resíduos. O destino desse conteúdo é um aterro em Minas do Leão, na Região Carbonífera.
Fonte: Correio do Povo
 
											 
															 
								 
								 
								 
								 
								 
								