
Em uma ofensiva coordenada e mantida em sigilo até sua execução, os Estados Unidos atacaram, na madrugada de sábado (21), três instalações nucleares do Irã. Poucas pessoas souberam da operação, segundo informações divulgadas em coletiva neste domingo (22).
A operação, batizada de Midnight Hammer (Martelo da Meia-noite), mobilizou bombardeiros B-2 partindo diretamente do território norte-americano e contou com o lançamento de mísseis Tomahawk por um submarino posicionado no Golfo Pérsico.
Durante coletiva no Pentágono, o secretário de Defesa Pete Hegseth descreveu a missão como um sucesso “incrível e avassalador”. Segundo ele, os alvos foram definidos com precisão e excluíram áreas civis ou posições militares iranianas.
“A ordem vinda do nosso comandante em chefe foi direta e contundente”, afirmou Hegseth, referindo-se ao ex-presidente Donald Trump, que autorizou a ofensiva.
O general John D. Caine, presidente do Estado-Maior Conjunto, detalhou os meios utilizados: 75 munições guiadas, incluindo 14 bombas GBU-57 — artefatos projetados para perfurar dezenas de metros abaixo do solo, capazes de atingir bunkers fortificados.
Além disso, aviões de combate destruíram sistemas de defesa aérea iranianos para facilitar o avanço dos bombardeios.
“Os caças iranianos não voaram, e parece que os sistemas de mísseis terra-ar iranianos não nos avistaram durante toda a missão. Mantivemos o elemento surpresa”, acrescentou Caine.
Aviões no Pacífico para distrair
De acordo com Caine, parte da movimentação de aeronaves pelos céus do Pacífico serviu de distração. Enquanto isso, a verdadeira ação se desenrolava no Oriente Médio.
Os danos exatos ainda estão sendo avaliados, mas os primeiros relatórios indicam que os três complexos nucleares atingidos sofreram destruição significativa.
O general evitou utilizar o termo “aniquilados”, preferindo apontar para uma degradação severa da capacidade nuclear iraniana.