
O Instituto Caldeira, hub de inovação e negócios localizado em Porto Alegre (RS), ficou em segundo lugar na categoria “Top 5 Ecossistemas de Maior Crescimento – Entidades Privadas” do Ranking 100 Open Startups 2025. A lista é uma das principais referências na América Latina para mensuração da prática de inovação aberta e destaca empresas, corporações e instituições com maior protagonismo na articulação entre startups e o mercado corporativo. A classificação considera o volume e a qualidade das conexões estabelecidas entre startups e grandes empresas, por meio de contratos formais, programas estruturados de inovação e colaborações com impacto comprovado.
Criado em 2016, o Ranking 100 Open Startups é produzido anualmente e se tornou um termômetro do grau de maturidade da inovação aberta no Brasil e na América Latina. A metodologia considera os dados informados voluntariamente por empresas e startups na plataforma da 100 Open Startups, auditados e validados pela equipe da organização.
Além de iniciativas com foco em inovação aberta – inclusive o programa Conecta, que já gerou mais de 100 conexões entre startups e as maiores corporates do Brasil -, o Caldeira também atua em frentes como aceleração de startups, formação de talentos e estímulo ao empreendedorismo.
Para Pedro Valério, diretor Executivo do Instituto Caldeira, a colocação no ranking é consequência direta da construção coletiva do ecossistema. “Esse resultado é reflexo do trabalho coordenado de dezenas de empresas, startups, investidores e instituições que enxergam valor em construir pontes e gerar soluções em conjunto”, comenta Pedro. “O Caldeira atua como catalisador desse movimento. Seguimos comprometidos com um modelo de desenvolvimento que aproxima empresas consolidadas das soluções mais inovadoras do país.”
Para Mariana Bertiz, Coordenadora de Inovação do Instituto Caldeira, a iniciativa reforça o compromisso do hub com o fortalecimento do ecossistema local: “É uma oportunidade para que empreendedores se conectem aos principais fundos do país e ganhem musculatura para escalar suas operações.”
O segundo ciclo do Invest Match já está em andamento, com novas startups participantes. O matchmaking final com investidores será realizado durante a Semana Caldeira, evento que o Instituto Caldeira promove no final de setembro e início de outubro.
Energia limpa e tokenizada
A Captur atua no setor de energia solar com duas soluções principais: fracionamento de usinas solares como modelo de investimento via blockchain e plataformas que conectam usinas com excedente de energia a consumidores que não podem gerar sua própria energia. Com mais de 50 mil kWh de energia sob gestão e R$ 1 milhão em ativos tokenizados, a empresa captou R$ 550 mil em rodada com VENTIUR e DOMO.VC. O investimento será destinado à estruturação das áreas de vendas, tecnologia e marketing. “Participar do Invest Match foi transformador. Validamos o modelo de negócio com diferentes perfis de investidores e fizemos conexões estratégicas que seguem rendendo frutos”, diz Mauricio Souto Allemand, CEO e fundador da Captur.
Infraestrutura para crédito no varejo
A Grana.ai é uma plataforma plug and play de infraestrutura financeira que conecta credores institucionais e comerciantes, com foco na integração de serviços como antecipação de recebíveis. A empresa atende fundos de crédito, FIDCs e plataformas B2B2C. Eleita startup destaque no Start Summit e também no FineHub, do Tecnopuc, a Grana.ai captou R$ 1 milhão com DOMO.VC, WOW e SC Angels. Os recursos serão aplicados em tecnologia, integração com novos parceiros e estruturação das áreas de produto e comercial. “O Invest Match nos ajudou a traduzir nossa proposta para o investidor, preparar materiais com maior clareza e ganhar velocidade no processo de captação. Foi um divisor de águas para nossa jornada”, afirma Thiago Karan, CEO da startup.
IA no setor público A GovTools é uma das startups que captou investimento após participar do programa. Com foco em aumentar a eficiência da gestão pública, a empresa desenvolve agentes de inteligência artificial voltados ao atendimento de órgãos públicos. A startup já conseguiu superar a barreira inicial de acesso ao setor e fechar contratos com governos. Segundo Willian Sarmento Marcos, CEO e fundador da GovTools, o apoio do Invest Match foi determinante para organizar a estrutura de dados da empresa e avançar no processo de due diligence. O aporte recebido será direcionado à contratação de equipe e ao fortalecimento da área comercial.