
O Rio Grande do Sul está entre 15 unidades federativas que ainda apresentam incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em níveis de alerta, risco ou alto risco, porém sem sinal de crescimento na tendência de longo prazo. É o que aponta o boletim InfoGripe, da Fiocruz. Conforme painel da Secretaria Estadual da Saúde (SES), já foram registradas, neste ano, 13.790 hospitalizações e 1.198 óbitos pela síndrome. Os outros estados incluídos nesse grupo são Acre, Alagoas, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pará, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Sergipe.
Já as unidades federativas que apresentam incidência de SRAG no nível de alerta, risco ou alto risco (nas últimas duas semanas) com sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas 6 semanas) até a semana epidemiológica 32, estão Amazonas, Bahia, Paraíba e Rio Grande do Norte.
O crescimento dos casos ocorre essencialmente nas crianças e adolescentes de até 14 anos, causados pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus, na população infantil de até 2 anos, e pelo rinovírus na faixa de 2 a 14 anos. A condição abrange casos de síndrome gripal, que podem causar comprometimento da função respiratória. As causas podem ser de diferentes vírus respiratórios, como a Influenza, causada pela gripe; a Covid-19, o rinovírus, causador do resfriado; o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), causador da bronquiolite, entre outros vírus.
O estudo observou uma manutenção da queda dos casos de SRAG nas tendências de curto e de longo prazo, refletindo a queda das hospitalizações por Influenza A e VSR na maior parte do país. A nível nacional, o cenário atual sinal de queda nas tendências de longo prazo (últimas seis semanas) e de curto prazo (últimas três semanas). Referente ao ano epidemiológico 2025, já foram notificados 155.412 casos de SRAG, sendo 83.042 (53,4%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 53.238 (34,3%) negativos e ao menos 8.942 (5,8%) aguardando resultado laboratorial.
Dentre os casos positivos do ano corrente, observou-se que 25,3% são de influenza A, 1,1% de influenza B, 45,8% de vírus sincicial respiratório, 24,1% de rinovírus e 6,9% de Sars-CoV-2 (Covid-19). Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 11% de influenza A, 1,5% de influenza B, 42,2% de vírus sincicial respiratório, 37% de rinovírus e 7,2% de Sars-CoV-2 (Covid-19).
Fonte: Correio do Povo