
O forte temporal que tem atingido o Rio Grande do Sul neste final de semana causou transtornos em Porto Alegre. Além de pontos de alagamentos na zona Norte da Capital, uma árvore de grande porte caiu na madrugada deste domingo, deixando parte do bairro Mont’Serrat sem fornecimento de energia elétrica. De acordo com o painel de monitoramento da Prefeitura de Porto Alegre, as estações meteorológicas da Capital registraram precipitação entre 12 milímetros e 20 milímetros nas últimas 24 horas, com previsão de que a chuva seguirá no início desta semana.
Desde o final da madrugada, equipes do Corpo de Bombeiros Militares (CBMRS), CEEE Equatorial, Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) atendem a ocorrência de remoção da árvore de grande porte que caiu na esquina das ruas Tenente-coronel Fabrício Pillar e Coronel Lucas de Oliveira. Na queda, galhos da árvore ainda atingiram um carro que estava estacionado próximo à esquina.
Trânsito foi bloqueado por conta dos fios caídos e para o atendimento da ocorrência. O relato dos moradores é de que um forte barulho foi ouvido por volta das 5h e, desde então, equipes atuam no local para o corte da árvore e remoção da fiação danificada. Parte do bairro está sem fornecimento de energia elétrica e alguns prédios utilizam geradores para manter elevadores em funcionamento. Segundo a CEEE Equatorial, a energia deve ser restabelecida durante a tarde desde domingo.
Já na zona Norte de Porto Alegre, alagamentos causam preocupação em moradores do bairro Vila Farrapos, nas proximidades da Arena do Grêmio. O local vem registrando grandes pontos com acúmulo de água desde a noite de sábado. Um dos maiores transtornos ocorre no cruzamento das ruas Frederico Mentz e Tertuliano Souza Eloy, onde a preocupação com os moradores é com relação à passagem de carros, que podem causar ondas no ponto com acúmulo de água.
“Do jeito que está (o alagamento) ainda é baixo. Ele ficou ainda pior de noite e de madrugada. Colocamos sinalizações para que os ônibus e carros não passem muito por dentro da água para não fazerem ondas e entrar água dentro de casa. Alguns não respeitam. Aqui em casa, nós fizemos uma mureta para não entrar. Outras casas aqui da rua também fizeram o mesmo. Mas assim que começa a chover forte já fico preocupada”, relatou a moradora Mery Hellen da Silva.
Outras ruas e avenidas da região também registraram pontos com acúmulo de água, como a Voluntários da Pátria, a A. J. Renner e a Clóvis Paim Grivot. Durante a madrugada, parte da região sofreu com alagamentos, que deixaram ruas e calçadas submersas. As estações meteorológicas da zona Norte registraram chuva de 15 milímetros na Vila Farrapos e 18 milímetros no Sarandi. O ponto da Capital com maior precipitação acumulada nas últimas 24 horas foi a Lomba do Sabão, com 22,5 milímetros de chuva.
Ainda segundo a EPTC, Porto Alegre não contabilizava nenhum ponto com bloqueio de trânsito por conta da chuva ou alagamento. Entretanto, na noite de sábado, o órgão bloqueou preventivamente o trecho da avenida Plinio Brasil Milano sob o viaduto do Obirici, mas a água recuou e o local foi liberado. Situação semelhante aconteceu no entroncamento da avenida Sertório com a Voluntários da Pátria. Alça mais baixa do viaduto foi bloqueada, mas o funcionamento pleno das bombas da Trensurb na região fizeram com que o trecho fosse liberado em seguida.
Alerta segue nas próximas horas
De acordo com a Defesa Civil de Porto Alegre, a instabilidade deverá continuar na segunda-feira, especialmente ao longo da madrugada e durante a manhã. São esperados mais 30 milímetros de chuva, com risco de descargas elétricas. Os ventos seguem fortes, com rajadas superiores a 50 quilômetros por hora. A mínima será de 11°C e a máxima de 16°C.
Durante o período de vigência do alerta, a Comissão Permanente de Atuação em Emergências (Copae), formada por órgãos municipais e instituições parceiras, estará mobilizada para responder prontamente a possíveis ocorrências, com ações de socorro, apoio à população e medidas de contenção em áreas afetadas.
A Defesa Civil orienta ainda que a população evite sair durante temporais, mantenha distância de áreas alagadas, arroios e rios, e permaneça longe de postes, árvores e placas de sinalização ou publicidade. Pessoas que residem em áreas de risco devem buscar abrigo seguro junto a familiares, amigos ou na estrutura de acolhimento disponibilizada pela prefeitura.
Créditos: Correio do Povo