
O PSDB promoverá reestruturação dos comandos estaduais e municipais do partido em todo o país. A definição consta de resolução da executiva nacional, editada na última quarta-feira. A iniciativa será colocada em prática em novembro, quando se encerram as presidências dos atuais dirigentes.
O objetivo é blindar o uso do PSDB por lideranças que participaram de investidas para o desembarque em massa de tucanos para outros partidos. Como ocorreu, no Rio Grande do Sul, em função do ingresso do governador Eduardo Leite no PSD.
A resolução cita que o PSDB vive momento singular e menciona o desembarque dos três governadores tucanos eleitos em 2022, “que receberam integral e irrestrito apoio político e financeiro do PSDB”. Segundo o resolução, encerrados os mandatos dos atuais órgãos municipais e estaduais, serão escolhidos novos comandos provisórios pela executiva nacional.
Convenções municipais poderão ser realizadas após as eleições de 2026. No Estado, Paula Mascarenhas deixará a presidência do PSDB, situação que coloca sua permanência no partido em xeque, assim como sua pré-candidatura ao governo do Estado nas eleições do ano que vem.
Confirmado o cenário, o prefeito de Guaíba, Marcelo Maranata, que deixou o PDT para se filiar ao PSDB no início de agosto, será o único pré-candidato tucano ao Piratini. Nacionalmente, Marconi Perillo também deixará a presidência do PSDB. Ele será sucedido pelo deputado federal Aécio Neves.
Heróis da resistência
A tendência é a de que sejam escolhidos para assumirem os comandos do PSDB nos estados e municípios lideranças locais, como prefeitos, que resistiram às investidas e permaneceram no partido.
Fonte: Taline Oppitz / Correio do Povo