
Os resultados finais da safra de arroz irrigado 2024/25 e a intenção de semeadura para a safra 2025/26 foram divulgados na tarde desta segunda-feira, 1º de setembro, na Expointer, em Esteio. Conforme levantamento realizado pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) a área semeada no ciclo 24/25 foi de 970.216 hectares. A perspectiva para o próximo plantio é de 920.081 hectares, revelando disposição dos produtores rurais em seguir a recomendação de redução da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) para os agricultores recuarem em 5,17% os dedicados à cultura em virtude dos preços baixos pagos pela saca no decorrer deste ano. A meta das entidades é de 8% para o Estado e 30% para o restante do país.
Conforme apuração do Irga, apresentada pela diretora Técnica, Flávia Miyuki Tomita, os municípios do Planície Costeira externa do Rio Grande do Sul são os que demonstram, neste momento, maior intenção de diminuir a área de plantio, de 106.334 hectares para 94.887 hectares, o que representa 10,77%. Na sequência estão os municípios que compõem a Zona Sul do Estado, de 168.071 hectares para 156.546 hectares, recuperando de 6,86% na área, e a Fronteira Oeste de 286.629 hectares para 271.828 hectares, encolhendo 5,16%.
No evento, na sede do Irga, no Parque de Exposições Assis Brasil, ocorreram diversas manifestações sobre as dificuldades do setor. Autoridades e lideranças destacaram que os produtores enfrentarão desafios maiores no próximo ciclo de plantio envolvendo preços, consumo interno, exportações e crédito. Sobre o anúncio do presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, no turno da manhã na Expointer, de R$ 300 milhões para futuras operações de Contratos de Opção de Vendas (COV), o presidente Federarroz, Denis Dias Nunes, afirmou que necessita de mais informações e detalhes para se pronunciar. Sobre o levantamento do Irga acrescentou que os dados eram aguardados com muito anseio para os produtores se organizarem e se planejarem.
“Entendemos que teremos uma (próxima) safra muito difícil. Talvez até mais do que essa que atravessamos”, pontuou.
Fonte: Larissa Mamouna / Correio do Povo