
Um café da manhã nesta segunda-feira, no Salão Júlio de Castilhos, na Assembleia Legislativa, marcou a apresentação do projeto de ampliação do Hospital de Pronto Socorro (HPS), em Porto Alegre. Durante o evento, o prefeito Sebastião Melo fez um pedido às bancadas de deputados, empresários, entidades de classe e demais autoridades, na busca de recursos para a unidade, referência em diversas especialidades. Além de Melo, estiveram representando a Administração Municipal membros da direção do HPS. No caso dos deputados federais, a demanda inclui a destinação de emendas parlamentares.
Vídeos de uma campanha publicitária com depoimentos de pacientes tratados no hospital foram exibidos. O HPS, que recebe cerca de 70% dos pacientes queimados do Rio Grande do Sul, precisa de R$ 140 milhões para o aumento de sua capacidade. Quando estiver pronto, o HPS terá um total de oito andares em um terreno de 11 mil metros quadrados de área ampliada, além de mais do que dobrar a capacidade de atendimento, hoje estimado em 120 mil pessoas por ano, e aumentar dos atuais 95 leitos para 300.
Mas, atualmente, a Prefeitura não tem este valor disponível. Por atender pacientes de diversos municípios do Estado, Melo não descartou inclusive a busca por recursos do Orçamento estadual. “Vou conversar com o governador Eduardo Leite, acho que ele vai ser sensível neste processo. Já conversei com o ministro (Alexandre, da Saúde) Padilha sobre isso. Essa junção de esforços vai fazer com que esta obra saia do papel. Esta obra não é de governo, é do Rio Grande. É necessária para salvar vidas”, comentou o prefeito.
Até o final do ano, Melo disse que o projeto de ampliação estará pronto e serão apresentadas as etapas e o modo de financiamento, mas o modelo a ser adotado será o mesmo utilizado para a ampliação da Santa Casa de Misericórdia. “Deveríamos pensar, inclusive, se o hospital não deveria ser federalizado, porque ele é muito importante para o SUS, e é um assunto que topo discutir”.
“É preciso mobilização interinstitucional e suprapartidária”, diz presidente da Assembleia
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Pepe Vargas, disse que é preciso uma mobilização “interinstitucional e suprapartidária”, que vai “exigir um esforço da Prefeitura, governo do Estado e da possibilidade de buscarmos recursos no plano federal”, disse Vargas. “Penso que é desnecessário falar da importância do HPS para o município de Porto Alegre, para a região Metropolitana e para o conjunto do Rio Grande do Sul, na medida em que atende toda a população do nosso Estado. Ao longo de toda sua trajetória, tem sido uma instituição de saúde extremamente vital, estratégica e importante no contexto da atenção à saúde do nosso Estado”, comentou ele.
Já o presidente do Sindicato Médico do RS (Simers), Marcelo Matias, disse que a entidade tem consciência das dificuldades financeiras para custear emergências e pronto socorros. “Sabemos os recursos que foram retirados via Assistir, e das peculiaridades que têm os hospitais de pronto socorro, inclusive Porto Alegre e Canoas, e suas dificuldades financeiras. Faço a mais absoluta questão de me comprometer a, em todos os momentos, poder lutar pelos recursos para esta instituição”.
Fonte: Felipe Faleiro / Correio do Povo